Já que fiquei tanto tempo em abstinência textual aqui no blog, vou logo de dois posts de uma vez só (talvez um terceiro) e com um assunto nacional e local ao mesmo tempo (ministra Dilma) e um internacional (o Nobel da Paz de Obama), do qual falarei agora.
Obama é um presidente extraordinário, a chegada dele na presidência possui um simbolismo ímpar, mas discordo, veementemente, deste título conquistado por ele hoje. O Nobel da Paz é dado para aquelas pessoas cuja contribuição à paz mundial são visíveis e ululantes e Obama tem um rosário de boas intenções, mas nenhum ato concretizado ainda.
Reconheço que a sua postura de assinar um tratado com a Rússia a fim de diminuir as armas nucleares é algo a ser comemorado. Além disto, o seu recuo em relação à proteção anti-míssil que os Estados Unidos iria colocar na Europa também vai nesta mesma direção, mas ainda não justifica um Nobel. Ainda tenho que reconhecer que outros ganharam o Nobel da Paz apenas por suas intenções, como os líderes palestino e israelense, Yasser Arafat e Yitzhak Rabin, signatários de um cessar-fogo entre os dois povos que quase deu certo, se não fosse o assassinato de Rabin cometido por um judeu ortodoxo.
Ou seja, nem neste nível de intenção Obama se enquadra e o presidente americano ainda possui em seu currículo recente manchas indeléveis que depõem de forma negativa contra um candidato ao Nobel da Paz. Entre estes pontos negativos, se encontram a sua meia-volta em relação à Guantánamo, às guerras do Iraque e do Afeganistão. Estes pontos, no meu ponto de vista, anulam as intenções supra-citadas. Vi na TV que nem Obama esperava. Para vocês verem.
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