segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Arthur Maia: Rui Costa foi “rechaçado” pelo povo baiano

O deputado Arthur Maia (PMDB) respondeu às críticas feitas pelo secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa, no programa Entrevista Coletiva, direcionadas à sua legenda. O peemedebista disse que seu partido saiu do governo não como traidor, mas para não participar, segundo ele, da traição que esse governo estaria fazendo. “O governador Jaques Wagner vem sistematicamente repudiando tudo aquilo que nós, que votamos nele, acreditávamos que podia ser feito numa nova alternativa para esse estado e isto sim é traição”, disse.

O parlamentar sugeriu ainda que o “nervosismo” do secretário Rui Costa estaria relacionado à inexistência de manifestação pública do presidente Lula em relação à saída do PMDB do governo estadual. “(O presidente Lula) manteve o ministro Geddel no ministério e isto é a prova maior de que o presidente não condenou a atitude do PMDB de romper com o governador Wagner”, provocou.

Maia concluiu fazendo referência à parte da entrevista em que o secretário afirmou que o PMDB não era nada antes de fazer aliança com o governador Jaques Wagner (PT). “Achei até engraçado ver Rui Costa dizer que o PMDB não era nada antes da aliança com o PT. Se o PMDB não era nada antes do governo, imagine Rui, candidato a deputado um sem número de vezes e repetidamente rechaçado pelo povo baiano”.

Rui Costa: Saída do PMDB do governo ficará marcada como “grande deslealdade”


Em entrevista concedida ao programa “Entrevista Coletiva”, apresentado pela jornalista Ludmila Bertiê e exibido no último domingo na Band, o secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa, soltou farpas na direção de importantes personagens políticos do Estado, como o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, provável candidato do PMDB ao governo da Bahia, e o senador César Borges (PR). “O episódio ficará marcado como uma grande deslealdade, uma grande falta de reconhecimento, porque o PMDB não era nada na Bahia, tinha um deputado federal, tinha 20 prefeitos antes de fazer aliança com o presidente Lula e o governador Jaques Wagner”, disse ao comentar o processo de desligamento do PMDB no governo petista.

Na mesma entrevista, o secretário respondeu as acusações feitas pelo PMDB de que o PT teria rompido a aliança ao não apoiar a candidatura do prefeito de Salvador João Henrique (PMDB). “Isto é uma verdade parcial, porque o prefeito de Salvador não era do PMDB. Foi eleito pelo PDT, apoiado pelo PSDB e o PMDB teve uma outra candidatura, apoiou Lídice da Mata. A prefeitura de Salvador não estava no projeto político original”. Ainda sobre as articulações para as eleições municipais do ano passado, o petista afirmou ter proposto ao ministro Geddel que PT e PMDB não disputassem entre si nas cidades onde já governassem, mas que o ministro não teria concordado.

Em relação a César Borges, o secretário negou ter sido responsável pelo naufrágio nas negociações para que o PR integrasse o governo Wagner. Costa responsabilizou o senador republicano, dizendo que o processo não progrediu porque o republicano está preso ao seu passado político. Sobre 2010, Rui Costa afirmou que acredita na vitória de Wagner no primeiro turno e que o PT não vê problema no fato de o ministro oferecer um segundo palanque para a ministra Dilma (Casa Civil) na Bahia, pois assim, ele “só será desleal com o governador Jaques Wagner”, disparou, afirmando em seguida que Geddel é ministro de Lula e deve apoiar a candidata do presidente.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

No twitter, Neto afirma temer por vida de Wagner

O deputado federal ACM Neto (DEM) reproduziu em seu twitter trechos do pronunciamento que fez na tarde de hoje, na Câmara dos Deputados, sobre a onda de violência que atingiu Salvador nos últimos dias. Em uma das mensagens postadas no microblog, o deputado afirmou que teme pela vida do governador Jaques Wagner (PT). “O governador tem um batalhão para cuidar de sua segurança… mas, como estão as coisas, temo por sua vida”, afirmou.

Neto disse ainda que o governador perdeu o controle da segurança pública no Estado e que não convoca a Força Nacional de Segurança por causa das eleições do ano que vem. “Por que o governador Jaques Wagner não deixa a eleição de lado e convoca a Força Nacional de Segurança? O governador Jaques Wagner não convoca a Força Nacional de Segurança para não passar atestado de sua incompetência”.

“Na Bahia, violência se escreve com W, W de Wagner”, atacou.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ciro Gomes: O Simpático

Quem assistiu ao programa do PSB ontem à noite foi surpreendido pela figura de um novo Ciro Gomes (PSB-CE), uma pessoa extremamente simpática, conversando todo o tempo com uma dona de casa, sem o terno, à vontade, tomando cafezinho. Pra mim, foi a versão 2010 do Lulinha Paz e Amor. Aliás, esta nova versão do Ciro veio sendo mostrada em entrevistas nos jornais e na TV - no CQC, ele chegou a rir e conversar longamente com um dos repórteres do programa.

Ciro acerta em investir numa nova imagem pública, inclusive dizendo que esta nova postura é uma questão de amadurecimento. Afinal, muitos dos votos que perdeu em 2002 se deveu ao seu ar arrogante e à famosa frase sobre Patrícia Pillar, sua esposa, cuja importância, segundo ele, naquela época, era dormir com ele. Frase que ele disse recentemente se arrepender profundamente. O Ciro de ontem mostrou que quer ser mesmo candidato a presidente.

O PSB investiu em mostrar o deputado cearense como um aliado de Lula, que tem uma visão para aprofundar as mudanças implementadas pelo atual governo federal. Ciro falou sobre a importância do Bolsa-Família, mas disse que seu partido entende que isto não é suficiente. Pelo que mostrou ontem, o PSB parece que vai bancar a candidatura do deputado cearense, deixando as portas abertas para uma eventual aliança com o petismo no segundo turno.