segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Rui Costa: Saída do PMDB do governo ficará marcada como “grande deslealdade”


Em entrevista concedida ao programa “Entrevista Coletiva”, apresentado pela jornalista Ludmila Bertiê e exibido no último domingo na Band, o secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa, soltou farpas na direção de importantes personagens políticos do Estado, como o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, provável candidato do PMDB ao governo da Bahia, e o senador César Borges (PR). “O episódio ficará marcado como uma grande deslealdade, uma grande falta de reconhecimento, porque o PMDB não era nada na Bahia, tinha um deputado federal, tinha 20 prefeitos antes de fazer aliança com o presidente Lula e o governador Jaques Wagner”, disse ao comentar o processo de desligamento do PMDB no governo petista.

Na mesma entrevista, o secretário respondeu as acusações feitas pelo PMDB de que o PT teria rompido a aliança ao não apoiar a candidatura do prefeito de Salvador João Henrique (PMDB). “Isto é uma verdade parcial, porque o prefeito de Salvador não era do PMDB. Foi eleito pelo PDT, apoiado pelo PSDB e o PMDB teve uma outra candidatura, apoiou Lídice da Mata. A prefeitura de Salvador não estava no projeto político original”. Ainda sobre as articulações para as eleições municipais do ano passado, o petista afirmou ter proposto ao ministro Geddel que PT e PMDB não disputassem entre si nas cidades onde já governassem, mas que o ministro não teria concordado.

Em relação a César Borges, o secretário negou ter sido responsável pelo naufrágio nas negociações para que o PR integrasse o governo Wagner. Costa responsabilizou o senador republicano, dizendo que o processo não progrediu porque o republicano está preso ao seu passado político. Sobre 2010, Rui Costa afirmou que acredita na vitória de Wagner no primeiro turno e que o PT não vê problema no fato de o ministro oferecer um segundo palanque para a ministra Dilma (Casa Civil) na Bahia, pois assim, ele “só será desleal com o governador Jaques Wagner”, disparou, afirmando em seguida que Geddel é ministro de Lula e deve apoiar a candidata do presidente.

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