sábado, 30 de maio de 2009

Estamos de Olho: Projeto da Copa (Bahia), Metrô e Revitalização da Orla

Amanhã, Salvador será anunciada como uma das sub-sedes da Copa do Mundo de 2014. Por isto, este blog abre a contagem regressiva para o prazo estipulado como limite para que as obras integrantes do projeto estejam prontas: 2012. Foram adicionadas ao projeto a reforma da Fonte Nova, a revitalização do Pelourinho, a construção do terminal de transporte aquático, a Via Expressa Baía de Todos os Santos, a conclusão das primeira e segunda linhas do metrô.

A prefeitura ficou responsável por tocar o projeto Transalvador, junto com o governo do estado, modernizar a linha ferroviária Calçada-Paripe, além de todo o programa de mobilidade urbana que vem sendo desenvolvido pelo governo federal, desobstruindo grandes pontos de estrangulamento no sistema de mobilidade e transporte urbano em Salvador. E se eu bem me lembro o governo do Estado cogitou levar adiante o VLT prometido por Walter Pinheiro (PT) na última eleição municipal.

Ainda aproveito para fazer a contagem das intervenções anunciadas pelo prefeito João Henrique (PMDB) na última campanha, pelo menos, as três principais: requalificação da orla, obras de revitalização no Imbuí e na avenida Vasco da Gama e construção de um novo pólo hoteleiro, junto com a iniciativa privada, na área entre Lauro de Freitas e Stella Maris. Então, vamos lá, vou atualizar de 10 em 10 dias, faltam 1290 dias para dezembro de 2012.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sarney libera CQC no Congresso

Quem diria que depois de ter pedido que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) suspendesse as credenciais do CQC, o presidente do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB-AP), voltaria tão rápido atrás em sua decisão e manteria as credenciais, indo além, autorizando que o programa tenha credenciais permanentes? Como disse Marcelo Tas na Folha, "venceu" a democracia. E o apresentador do programa da Band ainda se comprometeu em respeitar o Senado, já que Sarney disse que as críticas do programa em relação a ele afetavam a imagem da instituição que ele preside.

P.S: Este é o 106º post que eu escrevo este ano. Mais do que os dois anos anteriores juntos. Acho que tô gostando deste negócio de blogar.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Wagner com destaque na propaganda do PT


No programa partidário do PT, exibido hoje à noite, chamou a atenção o destaque dado ao governador da Bahia Jaques Wagner. Wagner, que administra hoje o maior estado governado (eleitoralmente falando) pelo PT, representou todos os outros governadores do partido - Ana Júlia Carepa (Pará), Marcelo Déda (Sergipe), Binho Marques (Acre) e Wellington Dias (Piauí) - e defendeu a forma que o partido administra estes locais. Segundo ele, "com inclusão social".

Chamou mais atenção ainda o fato dele ter falado antes do presidente Lula, mostrando a importância que o partido deve dar ao governo baiano. Outro ponto que merece destaque foi a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) ter aparecido depois da fala do presidente dizendo que este era "o compromisso" da legenda. Quem aposta comigo que vem mais uma reclamação da oposição de propaganda antecipada por aí?

Foto: Ivan Cruz/ Agência A Tarde

Políticos x CQC no Congresso

Estava eu assistindo ontem a TV Câmara (sim, eu gosto, vejo como se estivesse assistindo à Sessão da Tarde) quando apareceu o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), aquele que "está se lixando" para a opinião pública cobrando do deputado Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara, que tomasse medidas contra a equipe do CQC, programa que, segundo as palavras do parlamentar, "faz um jornalismo de gosto duvidoso".

Chega a ser engraçado o deputado que não tá nem aí pra opinião pública se preocupar com a imagem dele no CQC. Moraes chegou a dizer à Folha que a base parlamentar dele o reelege independente da opinião dos meios de comunicação. Em vez de se preocupar com o CQC, o deputado deveria se preocupar com os colegas que ele defende. Afinal de contas, Moraes nem era um nome que aparecia na imprensa até defender o "dono do castelo", agora quer censurar os repórteres do programa da Band.


Hoje, foi a vez do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pedir ao senador Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro secretário da Casa legislativa que casse a licença da equipe do CQC por tê-lo chamado de dinossauro e que isto é uma afronta à imagem do Senado. Eis uma declaração que me dá medo, porque as pessoas no Brasil estão com uma tendência de misturar a imagem da pessoa que está a frente de uma instituição com a imagem da própria instituição. Neste mesmo erro, incorreu o presidente do STF, Gilmar Mendes, misturando alhos com bugalhos.

Se esta regra valesse, os políticos brasileiros não poderiam reclamar caso o presidente Lula mandasse fechar a redação da revista Veja que, através de suas reportagens e colunas, em especial a de Diogo Mainardi e a de Reinaldo Azevedo, promove um verdadeiro achincalhe da figura do presidente da República, chamando-o de anta e animais semelhantes. No entanto, defendem a Veja e eu acho que, apesar de não a ler, ela deve existir pra dar vazão a certo espectro ideológico nacional, já que a nossa Constituição defende a liberdade de expressão e de imprensa.

Agora retornando ao CQC, eu nem vou retomar a discussão se o programa faz ou não jornalismo. Na minha opinião, é jornalismo com entretenimento e mesmo que não fosse, que fizesse apenas humor, é direito que eles adentrem o Congresso Nacional e faça as suas matérias. Afinal, a casa não é do povo? Enquanto isto, na Argentina, o programa Gran Cuñado, programa de humor que satiriza os políticos, faz o maior sucesso e, segundo um cientista político ouvido pelo Jornal da Globo, cumpre um papel importantíssimo por mostrar certas especificidades dos políticos que ficam escondidos no processo eleitoral (que acontece no final do ano).

Só o ministro da Justiça se manifestou contra o programa, afirmando que as sátiras da presidente Cristina Kirchner (que é muito simpática com o CQC brasileiro) deveriam ser proibidas. Aliás, a versão argentina do CQC faz o maior sucesso há anos e não me parece que os políticos de lá tentaram impedir o acesso nas dependências do Congresso. No quesito aceitação às críticas, os políticos argentinos estão dando 10 x 0 nos brasileiros.

P.S: Depois que fiz este texto, achei este post na coluna Radar On-Line da Veja tratando deste assunto. Vejam quem envolveu a mãe de quem e tirem as suas conclusões.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Presidente senegalês pede que Brasil desempenhe seu papel na luta africana

O presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, foi o último a discursar no evento do TCA. "O Brasil precisa desempenhar o papel que o povo africano põe nele (...) A África sempre lutou contra a colonização, inclusive aqui no Brasil". Wade fez uma citação aos discursos de Lula e Wagner, em especial, ao trecho em que o governador fez referência à luta do povo africano no território nacional.

"Precisamos fazer uma geografia da diáspora negra na América Latina para oferecer uma nova visão ao mundo da luta de um povo", concluiu Wade. As pessoas presentes ao TCA assistem agora
ao show do ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, uma amostra do III Festival Mundial de Arte Negra (FINAN), que será organizado pelo Brasil, em Senegal.

Narrador critica governos anteriores; Lula e Wagner atacam escravidão

Como era de se esperar, por se tratar de um evento cujo objetivo é homenagear o povo africano, o presidente Lula e o governador Jaques Wagner centraram suas críticas à escravidão no Brasil e enalteceram a relação entre o Brasil e a África. Quem fugiu do tom foi o narrador dos eventos estaduais que leu um texto criticando a atuação dos governos brasileiros que, a partir da década de 70, deixaram de organizar os festivais de cultura africana.

O narrador disse que o "crime da escravidão" não teve a devida atenção dos governos brasileiros que, a partir da década 70, deixaram de organizar eventos do porte que hoje é feito no TCA. "(Os africanos) eram chamados de coisas e o seu coletivo de plantel como os animais. Os africanos disseram não, afirmaram que tudo que nos pertence, está dentro de nós, no nosso ori, a nossa cabeça", disse Wagner ao falar da escravidão.

Lula abriu o seu discurso falando do simbolismo de se comemorar o Dia da África na capital mais negra do Brasil. Ainda falando do simbolismo, fez referência ao poeta Castro Alves, abolicionista que dá nome ao teatro. "Os laços que unem o Brasil a Senegal e a África como um todo são muito mais próximos que o oceano que os separam", concluiu o presidente.

Sindicalista pede terceiro mandato de Lula

O fantasma do terceiro mandato chegou ao evento na Bahia. Após a fala do presidente Lula, um sindicalista presente no TCA gritou em alto e bom som: "Um, dois, três, Lula outra vez". A esperança deste blogueiro é que ele esteja se referindo à disputa de 2014 e não sucitando a ruptura das regras democráticas brasileiras.

Começa evento com presidente Lula no TCA

Já estão no palco do TCA as autoridades que assistirão ao evento ligado ao III Festival Mundial de Arte Negra, em homenagem ao Dia da África. Entre outros, estão o presidente do Ilê Ayiê, Vovô do Ilê, a presidente do TJ/BA, Sylvia Zarif, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PSDB), o secretário de promoção da igualdade racial, Edson Santos, o ministro da cultura, Juca Ferreira, o governador Jaques Wagner acompanhado da primeira-dama do estado, Fátima Mendonça, e os presidentes Lula e Abdoulaye Wade do Senegal. A entrada do presidente brasileiro com o governador Jaques Wagner foi acompanhada do coro que já é comum nos eventos com a presença de Lula, o "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula". (O horário de postagem está errado. O evento começou com uma hora de atraso, às 21:35).

Brasil perde primeiro pleito internacional

O Brasil perdeu hoje o primeiro cargo pleiteado em organizações internacionais ou ainda eventos mundiais (no caso, estou falando dos Jogos Olímpicos de 2016). A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, que queria ser indicada para participar do Tribunal de Apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC) no lugar do jurista brasileiro Luiz Olavo Baptista, perdeu para o mexicano Ricardo Ramirez, apoiado pelos Estados Unidos e China.

O governo brasileiro estava empenhado na vitória de Gracie e a derrota dela foi surpreendente, porque, segundo veículos de imprensa, o seu principal adversário era o argentino Hector Torres e não o mexicano. A política internacional do atual governo tem obtido êxito na maioria dos temas em que se envolve, mas a opção feita para o cargo na OMC foi fraca, já que, em nota ao Itamaraty, a OMC disse que a ministra do STF não entendia de comércio. É óbvio que quem não entende de comércio não pode ficar na OMC.

Considero a ministra altamente preparada para diversas funções. Agora mesmo, ela retorna ao STF, lugar onde exerceu a presidência com extrema competência e embasa todas as suas decisões no profundo saber jurídico que detém.

Quanto à vontade de sediar os Jogos Olímpicos, acho que enfrentará a mesma dificuldade da candidatura de Ellen Gracie. Os outros candidatos são fortíssimos, claro que existem pontos favoráveis para que o Rio seja escolhido. No entanto, precaução não faz mal a ninguém e haja visto tantos problemas, acredito que o Brasil poderia rever o apoio ao egípcio Farouk Hosni ao cargo de secretário-geral da Unesco.

Em entrevista à revista Carta Capital, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, havia afirmado que o país estava concentrado nas duas candidaturas citadas acima e que a candidatura do atual vice-secretário do órgão, Márcio Barbosa, para dirigir aquela entidade poderia representar maior resistência a estes dois pleitos. Um já foi, o outro vai participar de uma disputa duríssima e no caso de Barbosa, a vitória pode ser fácil, pois o brasileiro é o favorito para ganhar a direção da Unesco e conhece a entidade por causa do cargo que ocupa atualmente.

Eu sei que relações internacionais não são feitas assim, que o Brasil está apoiando o polêmio ministro da Cultura do Egito por ter decidido fortalecer as relações entre o país e os outros do Terceiro Mundo, mas dada a nova conjuntura e a derrota da ministra do STF, algo poderia ser feito para o atual governo não acabar sendo acusado de ter perdido uma oportunidade de fortalecer a representação brasileira em órgãos internacionais.

sábado, 23 de maio de 2009

O Perigo ronda a Colômbia

Como ainda não vi ninguém escrevendo com a veemência que escreveram acerca de Chávez em relação à sua reeleição infinita - medida que eu me oponho, por ser democrático e por achar que alguém pode assumir o projeto de Chávez sem problemas. Vejamos Lula com Dilma - resolvi alertar sobre atitude semelhante que está sendo adotada pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

Uribe resolveu implantar uma medida que permitirá que ele concorra a mais um mandato, o que representa brincar com a democracia daquele país. Além disto, é um desrespeito com outras pessoas que poderiam representar o seu projeto de poder como o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, que renunciou esta semana para disputar a presidência do seu país.

Agora, por que não vemos a gritaria da imprensa nacional em relação à Colômbia? Por que Uribe não é de esquerda, nem nacionalista? Desta maneira, vou dizer que os membros da imprensa não são democratas, já que se calam ao ver um presidente de um país vizinho da importância da Colômbia desrespeitar as regras da democracia. Mudar as regras com o jogo prestes a ser jogado é absurdo. Ou então, assume-se que a democracia de lá é outra e eu não falo mais nada.

E aproveito a oportunidade para dizer que é piada de mau gosto sugerir um terceiro mandato para Lula no ano que vem. O mais novo período democrático brasileiro tem apenas 21 anos, então devemos manter inalteradas as regras do jogo. Já basta a emenda da reeleição ter sido aprovada em 97 para a eleição de 1998.

Mudanças devem ocorrer em relação ao campo político, no tocante ao financiamento, à transparência, aos altos custos de manutenção dos políticos brasileiros. Terceiro mandato para Lula, só em 2014, se o povo quiser e se o seu sucessor não for melhor do que ele.

Vox Populi: Lulistas têm o que comemorar


A se confirmarem os números da pesquisa Vox Populi, contratada e divulgada pelo PT ontem, os lulistas têm muito o que comemorar. Não só a ministra Dilma Roussef (Casa Civil), que ultrapassou os 20 pontos, pode dar um chega pra lá nos seus concorrentes na base aliada, mas também o deputado Ciro Gomes (PSB/CE) pode levar a pesquisa debaixo do braço pra conversar com o presidente Lula.

É fato que a ministra cresceu tirando votos da ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) e do deputado socialista, mas também pode-se depreender da pesquisa que o desempenho mais fraco do governador de São Paulo, José Serra (PSDB) - 36%, é quando ele enfrenta Ciro (17%) e Dilma (19%) e não apenas a petista. Este dado pode reforçar o argumento que Ciro tem utilizado, de que a base deveria apresentar duas candidaturas governistas no primeiro turno em 2010 e se unirem contra Serra em um eventual segundo turno.
Claro que as próximas pesquisas serão fundamentais nesta direção.

Quanto a Serra, tudo continua para ele como antes. O governador prossegue liderando com quase 20 pontos sobre o segundo colocado, o que hoje demonstra mais uma vez o seu favoritismo para a disputa presidencial do próximo ano. No entanto, o tucano não pode achar que o jogo está ganho, porque nem de perto isto é verdade.
A pesquisa Vox Populi de ontem trouxe números que mostram a força que terão os candidatos (ou a candidata) apoiados pelo presidente na próxima disputa. O governo Lula tem uma avaliação de ótimo/bom e regular positivo de 87%. Além disto, 34% dos 2.000 entrevistados disseram que votariam em um candidato do PT e 64% votariam ou podem votar no candidato apoiado por Lula.

E mesmo não sendo da base, os candidatos oposicionistas deverão observar um dado que explica a popularidade do presidente: para 73% dos entrevistados, o próximo presidente deve continuar com todas ou com a maioria das atuais políticas do governo petista. Ter um discurso contrário a Lula vai ser um método arriscado. É capaz de vermos a mesma coisa que aconteceu nas eleições municipais deste ano, quando sendo da base ou não, todo os candidatos falaram bem do presidente.

Apesar de liderar todas as pesquisas, todo mundo sabe que esta, muito provavelmente, será a última chance de José Serra chegar ao Planalto, haja visto que já disputou uma eleição presidencial em 2002, não vai mais ser governador de São Paulo e vai ter que conter Aécio Neves dentro do PSDB. Por falar em Aécio, ele e Serra podem reeditar a política café-com-leite nas próximas eleições, com Aécio como vice, mesmo com ambos negando esta informação divulgada pelo jornalista Kennedy Alencar da Folha de S. Paulo.

Quem quiser ver a pesquisa Vox Populi completa é só clicar aqui.
Foto: O Globo

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Passo a frente: Obama defende Estado palestino


Nem demorou uma semana que eu critiquei Obama e lá vou eu elogiá-lo. Mas o que eu posso saber se o homem tá a fim de dar um passo pra trás e outro pra frente? No início desta semana, foi a vez do passo pra frente. Ele, simplesmente, disse ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que é favorável à criação do Estado palestino. Netanyahu, membro do Likud - partido conservador de direita -, fingiu que não era com ele, mas é.

O governo Obama deixa claro que não vai mais compactuar com os excessos do governo israelense como fazia o governo Bush e entende que a solução para o problema daquela região passa pela criação do Estado palestino. Até o papa, que é extremamente retrógrado, defendeu a criação da Palestina em visita recente a Jerusalém.
As atrocidades feitas pelos israelenses têm que ser indicadas, para dar de volta aos palestinos o território que é deles por direito.

Afinal de contas, foi através de diversas ações militares que os judeus expandiram o seu território ocupando o que era dos palestinos. Isto tem que ser dito sem que se acuse a quem diz isto de antissemitismo. Eu não sou antissemita. O novo Estado palestino tem que ser composto pela Cisjordânia e pela Faixa de Gaza, que têm que estar ligadas novamente.

E a outra questão polêmica é Jerusalém. Não tem cabimento Netanyahu dizer que Jerusalém é indivisível, que é capital de Israel e pronto. Não é e não pode ser assim. Este tipo de discurso não ajuda no processo de paz. Jerusalém tem que ser território administrado pela ONU, já que é importante para os cristãos, judeus e muçulmanos. A capital de Israel pode ser Tel Aviv, sem ocasionar problema algum. Por isto, que, nesta semana, ponto pra Obama.

Na foto: Binyamin Netanyahu e Obama
Foto: Free Republic

Resultado da Enquete: "A culpa pelos estragos da chuva é de João"

Mais uma enquete encerrada. O Pitacos quis saber sobre a responsabilidade pelos estragos causados pela chuva em Salvador, dos seis votos, quatro disseram que é do prefeito João Henrique (PMDB). Os outros dois afirmaram que ninguém é responsável pelos estragos. Eu tentei argumentar em favor do prefeito num post mais abaixo, mas não deu, João. As outras duas opções não tiveram votos.

A enquete de hoje quer saber quais os benefícios que vocês acham que a Copa do Mundo em Salvador vai trazer para a cidade. É sabido que tem particularidades muito interessantes no projeto que, segundo o governador Jaques Wagner (PT) e o deputado federal José Rocha (PR), garantiram que a capital baiana seja uma das sub-sedes, entre elas um projeto de veículo leve (VLT), mas será que ele vai sair do papel? Ou vai seguir o rumo do metrô?

Se bem que como atraso na Copa tem mais impacto do que opinião dos eleitores... Enfim, não quero influenciar o voto de ninguém. As opções são simples: a mesma vantagem que o metrô trouxe, melhorias na região da Fonte Nova, vai vir o pacote completo, inclusive com o VLT, a cidade vai ficar cheia de elefantes brancos, obras sem utilidade. Votem!

sábado, 16 de maio de 2009

Breve consideração

Há quem insista em correlacionar PT a aparelhamento. O que faz o PSDB em SP, o DEM no DF e o PMDB em vários lugares? É normal que quem ganhe, coloque para administrar gente de confiança nos cargos. Não há problema nisto. Estranho seria se um democrata fosse chefe da Casa Civil de um petista e vice-versa. O eleitor ao votar, elege a pessoa, o partido e o projeto. No Brasil, exatamente nesta ordem.

Problema é quando há corrupção, quando ocorre o toma-lá-dá-cá, mas indicação política e divisão de cargos não tem problema. Se cargo técnico fosse único requisito para ocupação de cargos, Dilma Roussef não seria ministra da Casa Civil e José Serra nunca teria sido ministro da Saúde. Ambos são economistas. Por hoje, é só.

Bahia ajuda na criação da CPI da Petrobras


Depois do jogo de empurra do lado do governo e do lado da oposição, o Senado criou ontem à noite a CPI da Petrobras. Dentre os 32 senadores que assinaram o requerimento de criação da CPI, recuaram nesta intenção apenas dois: Cristovam Buarque (PDT/DF) e Adelmir Santana (DEM/DF). A criação desta comissão representou uma quebra de acordo estabelecido entre os líderes partidários daquela Casa de aguardarem o pronunciamento do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, no plenário do Senado a fim de explicar as denúncias e dúvidas sobre a manobra fiscal realizada pela empresa.

Concordo plenamente com o argumento de que qualquer irregularidade deve ser investigada tanto na Petrobras, como em qualquer outra estatal. Inclusive acho que CPI é ferramenta necessária da minoria para fiscalizar a maioria, mas será que a forma em que esta foi criada e o momento foram os mais adequados? Afinal, já havia a disposição de Gabrielli em esclarecer todas as dúvidas e responder todas as perguntas elaboradas pelos parlamentares. Senadores da oposição tinham dito que, se Gabrielli não respondesse de forma satisfatória às questões, instalariam a CPI. Então, por que antecipar?

O argumento do governo de que uma CPI da Petrobras neste momento de crise terá reflexos na estatal parece ser completamente sensato. Alguém tem dúvida de que esta medida incidirá nas ações da empresa? Claro que o governo exagera na defesa, ao dizer, que quem pediu a CPI é anti-patriota ou algo do gênero. Acho que não seja o caso, apesar da coincidência intrigante de ter político signatário da abertura desta CPI que, em outra época, foi adepto da tese de privatização da empresa, mas são águas passadas.

Entre os temas que serão investigados pela comissão estão as possíveis irregularidades constatadas na operação Águas Profundas da PF, as denúncias de sonegação fiscal e supostas irregularidades no repasse de royalties a prefeituras, a manobra contábil e as acusações que recaem sobre o patrocínio da estatal nas festas juninas. É nesta última frente de investigação que a Bahia exerce a sua parcela de participação na criação da CPI.

O tema foi incluído após a série de denúncias de favorecimento de ONGs e prefeituras petistas na Bahia divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo e que colocaram em cena o assessor do presidente, o baiano, filiado ao PT, Rosemberg Pinto, ex-diretor de comunicação da região Nordeste. As acusações foram rebatidas pela estatal e por Rosemberg, mas, na época, teve peemedebista baiano pedindo a cabeça dele e de Gabrielli, também petista e baiano. Há quem afirme que até hoje tem peemedebista cobiçando o cargo do presidente da empresa, apesar de não haver disposição por parte de Lula de fazer qualquer mudança.

Na Foto: José Sérgio Gabrielli
Foto retirada do site do Jornal do ABC Paulista

A Primeira Decepção de Obama

Desde que o democrata Barack Obama foi eleito, eu e o mundo acompanhamos o seu governo com especial interesse. Afinal de contas, o homem eleito sob o signo da esperança e da mudança teria que mostrar esta vontade toda na prática. Alguns reticentes esperavam ansiosamente por um deslize, pois parecia ser impossível um presidente dos Estados Unidos ser gente boa, inteligente, tomar medidas competentes na economia e ser altamente popular, tomando como base as pessoas que ocuparam o cargo anteriormente, com honrosas exceções.

Parece, infelizmente, que os céticos de plantão têm algo a comemorar. O anúncio feito por Obama ontem de que vai manter em funcionamento os tribunais militares em Guantánamo pegou todos de surpresa e é a primeira incoerência do democrata. Uma das promessas da campanha vitoriosa do estadunidense foi fechar esta prisão, mantida por seu país em Cuba. Inclusive, Obama já havia reafirmado esta disposição nos primeiros meses de mandato, determinando um prazo para o fechamento da base militar.

Este recuo gerou desconforto nos setores que o apóiam e naqueles que votaram em Obama esperando uma mudança total das práticas dos Estados Unidos com o resto do mundo. Na verdade, é um retrocesso ao que já vinha sendo demonstrado pelo presidente, no exercício do seu mandato, em relação ao Irã, Cuba, América Latina, em especial o Brasil e a Venezuela (Teve até aperto de mão com Chávez).

O desconforto não ficou restrito aos Estados Unidos. ONGs internacionais como a Human Right Watch afirmaram que esta decisão do presidente democrata representa "
um perigoso passo para trás em sua agenda de reformas", já que é um tema que pertencia ao governo Bush. Não por menos que setores que apoiavam esta política do ex-presidente republicano aplaudiram a medida de Obama. Este ato não apaga a força da imagem de Barack, mas, sem dúvidas, é lamentável e representa o primeiro abalo de sua administração.

terça-feira, 12 de maio de 2009

CPI dos Anões do Orçamento - "Recordar é viver"


Um dos posts mais lidos aqui no Pitacos foi uma série que fiz sobre o que é ser de esquerda, de direita e de centro, em que tentei definir as três tendências ideológicas políticas e categorizar os partidos políticos brasileiros a partir da definição. Agora, aproveitando a deixa do Jânio de Freitas (ver post abaixo), relembro rapidamente o que foi a CPI dos Anões do Orçamento, que abalou o Congresso Nacional em 1993.

Para quem não lembra, esta CPI investigou um grupo de parlamentares que fraudavam o orçamento da União de três formas. No primeiro, parlamentares faziam emendas remetendo dinheiro para entidades filantrópicas ligadas a parentes e laranjas. No segundo e principal, os deputados faziam acertos com grandes empreiteiras para a inclusão de verbas orçamentárias para grandes obras, em troca de grandes comissões.

E a terceira forma, era através da cobrança de propinas dos prefeitos para incluir uma obra no Orçamento ou conseguir a liberação de uma verba já prevista. Para isto, João Alves, acusado de ser o líder do esquema, criou uma empresa, a Seval, que cobrava um valor para fazer o serviço.

O grupo, além de Alves, era formado por cinco deputados - Manoel Moreira (PMDB-SP), Cid Carvalho (PMDB-MA), Genebaldo Correia (PMDB-BA), José Geraldo Ribeiro (PMDB-MG), - e um senador - Ronaldo Aragão (PMDB-RO). O grupo era conhecido como "Anões do Orçamento", porque todos os envolvidos tinham baixa estatura.

Na época, Alves virou motivo de piada, porque pegava parte do dinheiro que recebia das propinas e utilizava para jogar na loteria. Com o dinheiro ganho transformava o dinheiro sujo em limpo, mesmo não conseguindo reverter totalmente o dinheiro que era utilizado na aposta. Quando foi inquerido sobre esta peculiaridade em sua biografia, o ex-deputado afirmou que era uma "pessoa de sorte". Chamem isto do que quiser. Alves morreu em 2004 de câncer. Os outros continuam afastados da cena política nacional.

Na foto, João Alves.

Foto: João Paulo Lacerda/ Agência Estado

Jornalista da Folha critica Lula e Geddel

Hoje lendo a versão online da Folha de S. Paulo, parei no artigo do colunista Jânio de Freitas, intitulado "O Socorro Falso". Jânio abriu o texto criticando as ações e declarações do presidente Lula (PT) e do ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB) em relação às chuvas que assolam as regiões Norte e Nordeste do país.

Eis a primeira frase do artigo: "É IMPOSSÍVEL admitir, por muito pouco que seja, a responsabilidade atribuída por Lula e por Geddel Vieira Lima ao excesso de exigências burocráticas, como explicação para o abandono trágico em que estão as populações do Norte e do Nordeste submersos. A explicação é simplesmente inverdadeira". Dizendo que o atual governo utiliza o mesmo procedimento do governo passado de anunciar o empenho de verbas, mas retardar o repasse das mesmas.

No entanto, o que mais me chamou a atenção foi a parte em que o jornalista pesa a mão nas críticas a Geddel. Leiam:

"Egresso de última hora dos indiciados pela CPI dos Anões do Orçamento, por camaradagem baiana do à época deputado Luiz Eduardo Magalhães, o hoje ministro da Integração (ir)responsável pelo socorro ao Norte e ao Nordeste, Geddel Vieira Lima, lança mão do seu patrimônio moral para identificar os responsáveis parciais pela calamidade: são os que "assumem o risco de viver em áreas impróprias". A este registro do editorial de sábado, acrescento a minha concordância com o ministro. De fato, por que não seguem o exemplo parlamentar ou ministerial de quem multiplica em valor e dimensão, de preferência em fazendas, o seu patrimônio imobiliário? Era só observarem o slogan deixado por Antonio Carlos Magalhães: "Geddel vai às compras". Sempre".

Não sei quanto a vocês, mas eu me surpreendi com a informação do colunista de Geddel ter "sido salvo" por Luís Eduardo da CPI dos Anões do Orçamento. Lembrava da acusação sobre o ministro, não lembrava da ajuda. Além da menção à CPI, me chamou a atenção ele falar do enriquecimento do ministro, tratando esta questão como algo suspeito. Quem for assinante e quiser ler o artigo na íntegra, clique aqui.

sábado, 9 de maio de 2009

Serra diz que porco passa gripe

Recebi esta pérola através de um email enviado por uma amiga (obrigado Fafinha!) e juro que preferia que fosse fake, coisa montada, mas não, vocês vão ver o ex-ministro da Saúde, atual governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmar que gripe passa quando o porquinho "espirra". Como diz a personagem de Malhação: "Jesus apaga a luz". O que é isto, minha gente? Depois Lula que fica com a fama de ignorante. E aposto que se fosse ele que tivesse dito isto, teria sido malhado em praça pública. Confiram e vejam se eu estou sendo exagerado.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Efeito negativo da globalização: Gripe suína chegou

Tomei um susto quando vi a entrevista coletiva do ministro da Saúde José Gomes Temporão na Globo News anunciando que foram confirmados quatro casos da gripe suína, Influenza A (H1N1) - haja nome para uma gripe - no Brasil. No entanto, o pânico que poderia ter sido gerado pela informação foi completamente controlada pelo ministro.

A apresentação dele dos quadros de doentes demonstrando ter a completa noção da evolução da doença foi a responsável pela sensação de tranquilidade, principalmente, em mim. Além do mais, parece que o potencial da doença é menor do que o imaginado no início. O que não signfica que devamos baixar a guarda, assim como não podemos vacilar em relação a gripe alguma.

Outra coisa que a chegada da gripe confirma é que este é um preço negativo que temos que pagar pela globalização. Todos os quatro pacientes infectados estiveram nos dois países mais atingidos pela gripe suína - apesar da gritaria dos criadores de porcos, o nome pegou - México e Estados Unidos. Mas, como hoje tô dando vários conselhos, não parem de comer carne de porco. Gripe passa por espirro, tosse e aperto de mão suja.

Na questão do nome da gripe, William Bonner tem razão (Vocês viram ele falando que o Jornal Nacional continuaria usando este nome, apesar da recomendação da OMS, porque o compromisso da emissora é com a clareza da informação passada ao público?), não dá para deixar de chamá-la pelo nome mais conhecido. Coitado do porco. Aliás, do dono do porco.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Paralisação fora de hora

Os rodoviários que me desculpem. Apoio todos os movimentos feito pela categoria, mas a paralisação de hoje pela manhã veio completamente fora de hora. Primeiro, que a cidade passa por um caos pelo qual não passava há anos. Segundo, paralisação sem aviso prévio para que a população se organize é falta de respeito.

Hoje, pela manhã, diversas pessoas ficaram mofando nos pontos de ônibus, enquanto os rodoviários estavam parados nas garagens. O pleito é justo, é. Motoristas e cobradores são mal remunerados, são expostos a ações violentas, mas a forma não foi justa, logo com quem mais precisa do sistema de transporte público. Que, em Salvador, é ruim e deficitário.

Greve, paralisação, bem programadas, são ferramentas necessárias na democracia. Eu, inclusive, tenho uma sugestão. Manifestações na porta da casa de Horácio Brasil, eterno presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Salvador (SETPS).

Brasil vive reclamando de impostos que oneram os transportes públicos, mas informações vindas de categorias ligadas à área dão conta de que não são pequenos os lucros das empresas de transporte daqui de Salvador e de outras cidades. Ou seja, podem coçar o bolso mais um pouco para remunerar melhor os rodoviários, sem necessidade de repassar a conta para a população.

De quem é a culpa pelo caos em Salvador?

O título deste post é também a pergunta da enquete do Pitacos desta semana. Afinal, de quem é a culpa pelo caos em Salvador? É difícil perante uma tragédia, na qual seis pessoas morreram em dois dias, apontar responsáveis. Afinal de contas, por mais irresponsável que seja um gestor público, ninguém em sã consciência pode imaginar que uma pessoa em um cargo público deseje a morte de um habitante da localidade pela qual é responsável.

Fazendo estas considerações, pega mal, muito mal, para governistas e oposicionistas em Salvador ficarem neste jogo de empurra sobre as responsabilidade, citando as pessoas mortas para fazer o jogo político. O governo municipal em Salvador tem errado - e isto não começou nesta gestão - por não cuidar da forma que deve da contenção de encostas, da limpeza de bueiros. No entanto, o fato é que choveu do dia 1º para cá em Salvador, 1/3 do esperado pro mês inteiro.

Nenhuma cidade do país suporta uma quantidade de chuva desta. Este é o ponto. O governo do Estado levou o tempo que achou necessário para dar o seu parecer sobre o pedido de emergência elaborado pela prefeitura de Salvador e não parece que foi este processo que ocasionou as mortes destes dias na cidade. Afinal de contas, o pedido de emergência ajuda na resolução do problema, enquanto que o que parece massacrar Salvador é um problema de prevenção.

A cidade enche de água, derrete, sempre que chove. As chuvas destes dias foram fora do normal, o que possibilita a isenção de responsabilidades. No entanto, parece ser urgente investimentos reais na infra-estrutura da cidade para que, na próxima chuva forte, não termos que realizar este mesmo debate e tenhamos que assistir ao triste espetáculo encenado por governo e oposição municipal.

Shopping Paralela e a busca da natureza



A falta da TV aguçou a minha verborragia digital. Vou falar agora do Paralela Shopping. Eu assumo que sou um consumista nato. Mesmo que não seja para consumir - ainda mais na minha situação precária (Lembrei d'As Meninas. Minha memória hoje, não sei não), fui ao Paralela conhecer o shopping. Tenho que reconhecer que tava com vontade de ir lá ver, a chuva deu uma parada na quinta e eu ainda tinha prometido levar meu primo lá. Tudo justificado, né?

Então, a primeira impressão é realmente boa. O shopping é tão amplo quanto o Salvador, mas com a vantagem de não ter lojas e banheiros tão distantes. Foi ruim, no entanto, ir ao shopping e encontrar várias lojas ainda fechadas. "Apressado come cru", podem dizer, eu concordo. Para vocês terem uma ideia, entre todos os fast foods de hamburguer, só o Bob's já estava aberto. O banheiro (Na verdade, não sou especialista em banheiro, mas o Salvador Shopping criou uma referência com as privadas à vácuo) não é nada demais. Bem normalzinho.

A tal reserva de Mata Atlântica dentro do shopping é quase uma piada. Tem umas árvores na entrada, mas não cola esta história da gente ficar em contato com a natureza. Só se tinha mais em algum outro lugar que eu acabei não vendo. Tudo bem que eles ficaram com peso na consciência, depois de desmatarem uma área daquele tamanho, mas a realidade é que quem quer entrar em contato com a natureza não vai a shopping. Quer contato com a natureza? Vai pro Capão.

Outro ponto de infra-estrutura que me chamou a atenção foi a abóbada que fica no meio do shopping, que permite ver o céu durante o dia. Uma sacada arquitetônica interessante, pelo visual e pela economia de energia que vai gerar. Quanto à viabilidade do shopping, eu acho que ele vai ser bem sucedido. Por algumas razões. Cito-as.

Primeiro, que a cidade cresce praquele lado. Segundo, no dia que eu fui parecia que era excursão de estudantes do Salesiano Bom Dosco que é ali perto. Terceiro, fica entre duas faculdades grandes - FTC e Unijorge. Quarto, tem um bom arsenal de lojas âncora - Saraiva, C&A, Riachuelo, Insinuante, Casas Bahia, etc, sendo o segundo em número de lojas, enquanto o Salvador não termina a ampliação, perdendo apenas pro Iguatemi.

Por falar em Saraiva, a de lá é menor do que a do Salvador. E não tem o café.

Leia
aqui um post que fiz sobre o Salvador Shopping em 24 de maio de 2007, no meu blog abortado, Mais Pitacos.

Foto: Jornal A Tarde

Cadê o Fumacê?

Postagem de número 200 na história do Pitacos do Manuca e lá vou eu falar de fumacê. Na verdade, acordei hoje com vontade de escrever sobre isto. Buscando na memória, lembrei da sensação de segurança que o fumacê passava no combate à dengue e a outros mosquitos transmissores de doenças. Se era eficaz, não sei. Se fazia mal, também não sei.

Talvez seja só nostalgia pelo carro de fumacê que fedia que nem um diacho e fazia todo mundo sair correndo para fechar portas e janelas. Onde foram parar estes carros? E, acho que contribuiu pra eu ficar com vontade de falar do fumacê, eu ter lido que o número de casos de dengue continua subindo no Estado. Junto com a meningite, são as doenças que mais afligem a Bahia hoje.

E existe solução para a dengue? Acho que não dá para acabar, já que moramos em um país tropical, etc, etc, mas o exemplo do Rio empenhando esforços reais do município em saneamento, em conscientização, depois da epidemia no ano passado, pode ser tomado como referência pelos poderes públicos daqui. Acho que eles podem fazer mais.

Lembram que o ministro da Saúde falou que a responsabilidade pelo aumento da dengue em Itabuna foi culpa da eleição municipal? Todo o trabalho de controle da doença foi interrompido pela disputa eleitoral. Um verdadeiro absurdo. Em Salvador, podemos acabar sofrendo mais ainda, por causa da chuva e do atual quadro de desmatamento de Salvador. Aí não vai ter fumacê e agente de endemia que dê jeito.

Resultado da Enquete: "Virgínia Hagge atacando Rosemberg Pinto na imprensa nacional foi pior fogo amigo"

O resultado da enquete sobre o pior fogo amigo no mês passado foi o ataque da deputada estadual Virgínia Hagge (PMDB) contra o assessor especial da presidência da Petrobras, o petista baiano, Rosemberg Pinto, acusando-o de favorecer prefeituras petistas na imprensa nacional. Esta opção teve a metade dos votos da enquete passada. As outras duas opções votadas foram a declaração do presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli sugerindo que Geddel Vieira Lima seria o responsável pelas denúncias contra a estatal e o posicionamento do MST dizendo que a provável candidata petista, Dilma Roussef, é "ignorante" em questão agrária. A enquete desta semana é sobre de quem seria a responsabilidade pelos estragos causados pela chuva em Salvador. Votem!