terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Política Local: PMDB e PT mantém a alianças mesmo com rusgas


Na semana passada, quase que a aliança PT-PMDB no estado foi pro beleléu. O governador Jaques Wagner (PT), durante a visita do presidente Lula à Bahia, resolveu afirmar, através de um assessor, que o prefeito João Henrique (PMDB) seria tratado, a partir da semana passada, como um prefeito de oposição. A atitude de Wagner foi tomada após a participação do peemedebista de um evento que contou com a participação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que é do DEM, maior adversário do petista. O prefeito foi além e disse que iria trabalhar pela aliança do seu partido com os Democratas em 2010. A celeuma estava formada. 


Agora, uma semana depois, os ânimos estão mais arrefecidos. O governador amenizou a posição tomada anteriormente e afirmou a importância da aliança com os peemedebistas no estado. Reafirmou saber a importância de seu governo estar bem em 2010 para manter a aliança. O prefeito, por seu lado, voltou atrás (na verdade, um pouco atrás) e não mais defendeu a aliança com o DEM, mas sim a candidatura de um quadro do seu próprio partido, acenando para o ministro Geddel Vieira Lima que, nas palavras do prefeito, é o integrante mais destacado da legenda na Bahia. 

Na verdade, o que ficou desta história toda é que as eleições de 2010 estão logo ali. Por mais que os candidatos e os partidos não externem ainda com clareza as suas posições, o fato é que gestos e atitudes como as tomadas pelo prefeito e pelo governador servem para que os quadros fiquem mais delineados. Com o que disse, o governador mostrou saber o tamanho eleitoral do PMDB e que não pode desprezá-lo, mas deixou claro que não vai ficar, como se diz popularmente, "levando desaforo pra casa", sob pena de ter a sua autoridade questionada. Já o prefeito mostrou que o PMDB hoje está livre para negociar qualquer posição na Bahia, inclusive, se aliar ao DEM, algo impensável enquanto ACM ainda era vivo. 

Hoje, ao comentar a disputa na Assembléia Legislativa, o ministro Geddel Vieira Lima afirmou que o seu partido vai apoiar um deputado que defenda a candidatura de um aliado de Lula, acenando desta forma para o PT, nem que seja o nacional, já que o partido na Assembléia está apoiando a reeleição do deputado Marcelo Nilo (PSDB). Já o governador Jaques Wagner disse, em um almoço para jornalistas, que o ministro não é um aliado difícil, mas "proativo". Com panos quentes de ambos os lados, a aliança segue. Agora não se sabe até quando.

Foto: Abmael Silva - Agência A Tarde 

Leia Mais: 

sábado, 20 de dezembro de 2008

Política Livre: João Henrique defende sua postura e culpa PT e Wagner por tensão

Agora vocês lêem um texto que eu fiz sobre a entrevista concedida pelo prefeito João Henrique (PMDB) em que ele fala, entre outras coisas, sobre a tensão dele com o governador Jaques Wagner (PT).

Na TV Bahia, João Henrique nega rompimento, mas culpa PT e governador por tensionamento nas relações

Por Thiago Ferreira 

Em entrevista agora há pouco ao Bahia Meio Dia (TV Bahia), o prefeito João Henrique (PMDB) falou, entre outros assuntos, sobre a conclusão das obras do metrô, que lhe renderam um puxão de orelha público do presidente Lula, e as relações entre PT e PMDB no estado. O peemedebista negou ter se sentido incomodado com as cobranças do presidente e declarou que, na verdade, Lula teria externado um incômodo que também é dele em relação ao Tribunal de Contas da União (TCU). No entanto, ele reiterou a sua disposição de concluir as obras do metrô até junho ou julho do próximo ano, pois faltam, segundo ele, apenas 3% para que sejam concluídas.
Leia a íntegra aqui.

Entrevista: João Henrique diz que sua postura não poderia ser outra

O prefeito João Henrique disse ainda que a sua postura em relação ao governo do estado não poderia ser outra, já que a bancada do PT na Câmara de Vereadores decidiu lhe fazer oposição, e se referiu à possibilidade de o PMDB na Assembléia fazer oposição ao governo estadual. “Seis vereadores do PT se reuniram, a bancada, e decidiram me fazer oposição. Como eles querem que os nove deputados do meu partido na Assembléia apóiem o governo do estado? Mas este é o meu entendimento, o meu partido pode ter outro”. Perguntado se o quadro revelava a antecipação da disputa estadual de 2010, o prefeito respondeu dizendo que as mudanças se deram por causa das eleições deste ano.
Leia a íntegra aqui.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Política Livre: Para Jonas Paulo, quem conversa com DEM não aposta em mudança

O presidente do PT baiano, Jonas Paulo, defendeu hoje a aliança de seu partido com o PMDB, mas criticou a defesa feita ontem pelo prefeito João Henrique de aproximação com o DEM. “O PMDB é um partido que está conosco trabalhando no plano nacional e no plano estadual. É um partido importante na consolidação e na estabilidade do processo de mudança que estamos construindo no Brasil. (...)  Acredito que hoje quem quiser falar com o DEM - e o grande derrotado das eleições de 2008 foi o DEM, o responsável pelo retrocesso deste país - certamente não está apostando na linha da mudança. Leia a íntegra aqui.

Política Livre: Lídice diz que indicou Gaudenzi para a presidência da Codeba

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) confirmou hoje, durante encontro realizado por PT, PSB e PCdoB para discutir a crise mundial, que é sua a indicação do ex-presidente da Infraero para a presidência da Codeba. Leia a íntegra aqui

Política Livre: Entrevista com a vereadora Vânia Galvão

Trechos da entrevista com a presidente do PT de Salvador, vereadora Vânia Galvão, feita durante o Seminário organizado pelo PT, pelo PSB e pelo PCdoB para discutir a crise financeira internacional, publicada no Política Livre.

Em evento de esquerda, Vânia Galvão diz que João Henrique governa com mágoa

Por Thiago Ferreira

A presidente do PT de Salvador, vereadora Vânia Galvão, criticou na manhã de hoje, em evento organizado pelo partido com o PCdoB e o PSB para discutir a crise internacional, a defesa que o prefeito João Henrique (PMDB) fez ontem de aproximação com o democratas em 2010.

“Quero crer que não seja uma posição do PMDB, mas do prefeito João Henrique, que não consegue, infelizmente, ter uma posição republicana e manter uma coisa que não é possível na política, que é governar com muita mágoa.
Leia a íntegra aqui.   

Presidente do PT diz que sucessão na Câmara Municipal continua em aberto

A vereadora Vânia Galvão, presidente municipal do PT, disse hoje que seu partido ainda não tem uma posição fechada sobre a sucessão na presidência da Câmara Municipal. “Nós estamos discutindo. Sidelvan é uma das pessoas que estão sendo conversadas, mas conversamos com outras pessoas também. Leia a íntegra aqui.

Política Livre: Jonas Paulo e Lídice defendem aliança de PT, PSB e PCdoB para 2010

Mais um trecho de um texto publicado no Política Livre:


O presidente do PT da Bahia, Jonas Paulo, defendeu a manutenção da aliança entre PT, PCdoB e PSB em 2010. Segundo ele, as três legendas estão juntas desde 1989 com o lançamento da Frente Brasil Popular e continuarão juntas por terem um compromisso “inarredável”. “Nós criamos a Frente Brasil Popular. Nós viemos juntos desde 89 com a primeira candidatura do Lula que nós caminhamos juntos. E como partidos de esquerda, partidos que temos uma matriz socialista, obviamente, que nós temos que discutir na nossa perspectiva esta questão da crise. Quanto a 2010, o nosso compromisso é inarredável. Nós temos caminhado em momentos muito mais difíceis e não é agora que somos governo que estaremos dissociados”, afirmou. Leia a íntegra aqui.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Política Livre: Disputa na UPB

Leia abaixo trechos da cobertura que eu fiz de um evento hoje na UPB. A íntegra das entrevistas com o prefeito Luis Caetano de Camaçari, Roberto Maia de Bom Jesus da Lapa e com o secretário estadual de Relações Institucionais vocês lêem em www.politicalivre.com.br

EXCLUSIVO: Luis Caetano aproveita evento na UPB para fazer campanha

Por Thiago Ferreira

O prefeito de Camaçari, Luis Caetano (PT), aproveitou o evento de inauguração de ampliação da sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), hoje pela manhã, para dar maior visibilidade ao seu nome na disputa pela presidência da entidade. O petista colocou faixas tanto no local do evento quanto na Avenida Paralela saudando os prefeitos e defendendo a luta municipalista.
Leia a íntegra aqui.

UPB: Roberto Maia diz que ainda não há consenso no PMDB para disputa

Em entrevista ao Política Livre, o prefeito de Bom Jesus da Lapa, Roberto Maia (PMDB), defendeu o direito de seu partido fazer o sucessor do atual presidente da UPB, Orlando Santiago, e disse que ainda não há um consenso no partido em torno de um nome, que pode inclusive ser o seu.
 Leia a íntegra aqui.

UPB: Rui Costa diz que governo não se “intrometerá” em disputa

O secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa, reafirmou no evento de hoje pela manhã na UPB a disposição do governo de não se intrometer na disputa pela presidência da entidade.
Leia a íntegra aqui.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Política Local: Prefeito anuncia reforma na estrutura da prefeitura

O prefeito João Henrique (PMDB) anunciou na tarde de ontem a reforma que irá implementar na estrutura da administração municipal. Das atuais 17 secretarias, o peemedebista contará com apenas 11 durante a sua segunda gestão. Além disto, foram reduzidas de nove para cinco o número de empresas de segundo escalão ligadas ao município. As medidas foram anunciadas pelo próprio prefeito como forma de reduzir gastos.


No entanto, entidades já de manifestaram com preocupação em relação à extinção de secretarias como a do Desenvolvimento Social (SEDES) que, apesar do pouco efeito prático, detinha um grande valor simbólico. Tendo a ver as modificações do prefeito com bons olhos, apesar de não concordar com o argumento de que as indicações se darão apenas observando a capacidade técnica dos futuros secretários.

Afinal de contas, a imprensa soteropolitana já dá conta de uma provável indicação do DEM para a Superintendência de Segurança Urbana e Prevenção à Violência, através do ex-candidato a vereador Cláudio Tinoco, e do PR, que deve garantir um cargo no primeiro escalão. Sem contar em secretarias cujo titulares foram indicados pelo PP, pelo PMDB, pelo PDT e outras legendas, sem que, necessariamente, estes tenham habilidade técnica para a função.

Ainda na entrevista coletiva, o prefeito João Henrique afirmou que entende que o PT deva permanecer durante todo o seu segundo mandato na oposição. É o que se espera das duas partes, afinal de contas, PT e PMDB disputaram o segundo turno da eleição que reconduziu o peemedebista ao Palácio Thomé de Souza. Caberá ao PT junto com os outros partidos de esquerda, mais PSDB e PPS fazer oposição ao atual gestor da cidade. Qualquer movimentação diferente disto será vista com estranheza pela população soteropolitana.

Veja o que muda na reforma administrativa da Prefeitura"
EXCLUSIVO: Cláudio Tinoco pode ser superintendente de Segurança da Prefeitura" 

Política Internacional: Obama gera expectativas à esquerda, mas aponta pro centro


O presidente eleito dos Estados Unidos Barack Obama, apesar de toda a expectativa de setores mais à esquerda do Partido Democrata, em suas primeiras indicações para o seu futuro governo, tem apontado para o que muitos analistas já tinham como certo: caminha para o centro e não para a esquerda. As primeiras indicações do presidente seja em relação à política externa com Hillary Clinton para secretaria de Estado - o que equivale ao nosso Ministério de Relações Exteriores - quanto aos indicados para a política econômica - a maioria já havia participado da administração de Bill Clinton - trataram de dirimir qualquer dúvida neste sentido. 


Obama declarou que quem vai garantir a mudança tão propagada por ele durante a campanha eleitoral vai ser ele mesmo. Que assim seja! Mas todo mundo sabe que não é bem assim, as escolhas, para além do plano simbólico, dão a cara da futura gestão. As indicações, no entanto, geraram insatisfações em diversos eleitores de Obama que esperavam mais ousadia. Nada que acarretasse na ruptura com o futuro presidente que voltou a defender temas defendidos por estes setores do seu eleitorado, como a ampliação do sistema público de saúde, o fim da Guerra no Iraque e o fechamento da Prisão de Guantánamo, em Cuba.

O fato é que não podemos ignorar que mesmo uma guinada ao centro do presidente eleito já vai apresentar um grande avanço, afinal, os Estados Unidos deixarão de ser governados pela administração desastrosa e ultra-conservadora de George W. Bush. Afinal de contas, até diziam que a Teoria da Evolução era mentira, que Saddam Hussein fabricava armas de destruição em massa, entre outras coisas.

Não podemos esquecer também que ele é presidente dos Estados Unidos. Não dá, por mais simbolismo e esperança que Barack Hussein Obama represente, ignorar que ele tem compromissos com aquele país. Além de ter encontrado uma crise que, há muitos anos, o mundo não assistia, Obama tem que agradar uma opinião pública interna muito forte. E, até o momento, ele parece estar no caminho certo para atingir este objetivo. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa em que 79% dos estadunidenses declararam concordar com as medidas anunciadas pelo presidente eleito para debelar a crise.

Foto: Le Monde

Leia Mais:


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Política Livre: Oposicionistas responsabilizam governo por greve de policiais. Petista defende

Mais uma idéia para dar uma movimentada aqui: vou republicar trechos dos meus textos, originariamente, publicados no site onde eu estagio: www.politicalivre.com.br 

Hoje, o texto é sobre uma discussão entre governo e oposição ocasionada pela greve da Polícia Civil, deflagrada ontem.

Por Thiago Emanoel

Os deputados oposicionistas responsabilizaram agora à tarde o governo pela greve deflagrada pela Polícia Civil na tarde de ontem. De acordo com o deputado Eliedson Ferreira (DEM), “o que está havendo é a falta de cumprimento de uma promessa. Aliás, o que está sendo a máxima deste governo, que faz as promessas, mas não cumpre”. “A responsabilidade desta greve é do excelentíssimo senhor governador do estado da Bahia”, afirmou o líder do DEM, Heraldo Rocha.

(...)

Coube ao líder do PT na Assembléia, deputado Paulo Rangel, fazer a defesa do governo, dizendo que a situação da segurança pública é decorrente das administrações anteriores. “Volto a afirmar que a oposição nesta Casa é uma oposição sem memória. A Bahia foi colocada em uma posição alarmante na educação, na segurança pública, na saúde. A situação que antes se configurava e que hoje se coloca como oposição ao governo Jaques Wagner acha que em dois anos poderíamos resolver toda esta situação”, disse Rangel.


A íntegra você lê aqui:
Política Livre: Oposicionistas responsabilizam governo por greve de policiais. Petista defende

Política Nacional: Lulismo e Oposição. Cada um com sua razão.

A crise econômica tem produzido reações iradas das duas principais forças em ação atualmente na política nacional: o lulismo e a oposição. O lulismo mostrou os seus argumentos tanto nas falas recorrentes do presidente e dos seus ministros rejeitando o que ele chama de "clima de pessimismo" quanto na nota oficial do PT responsabilizando o neoliberalismo e os partidos que aqui defenderam esta visão econômica - DEM e PSDB - pela atual crise econômica. 


A oposição respondeu dizendo achar um absurdo o comunicado do Partido dos Trabalhadores. O governador de São Paulo, José Serra, e eventual candidato a presidente pela dobradinha tucano-democrata, agora incluindo o PPS, ironizou o conteúdo da nota petista dizendo que ela indicaria a força do governo Fernando Henrique Cardoso, que mesmo, após seis anos do governo Lula, ainda teria algum efeito - no caso, seria responsável pela crise. Apontando que parte do problema pertence ao atual presidente.

O que, no entanto, a oposição não viu ou não quis enxergar é que o PT criticou na nota a política neoliberal. Esta sim que tanto pregou a auto-regulamentação do mercado, com a inexistência de qualquer intervenção estatal e, hoje, tem que se render a ajudas bilionárias do Estado a fim de que bancos e outras empresas como montadoras de automóveis não venham à bancarrota.

Por seu lado, os lulistas são co-responsáveis e aí a oposição tem razão em chamar a atenção para esta responsabilidade. Afinal de contas, parte do receituário neoliberal - parte, reconheço algumas mudanças fundamentais como a ampliação da oferta de crédito e fortalecimento de empresas públicas - foi executado pelo atual governo, em especial o que tange ao controle exacerbado da inflação, sob responsabilidade do Banco Central que continua a praticar juros escorchantes, mesmo em prejuízo à cadeia produtiva.

Segundo órgãos de imprensa noticiaram, até o presidente Lula estaria agora pressionando o Comitê de Política Monetária (Copom) para que este, finalmente, diminua a taxa de juros, a fim de que a economia na busca incessante pelo controle da inflação não caía no outro lado da moeda - a deflação e a recessão. O que, com certeza, não seria desejado nem pelo governo nem pela oposição. A decisão do Copom sai amanhã e está sendo aguardada com ansiedade por gente dentro e fora do governo.