sábado, 28 de julho de 2007

Troca de Comando na Defesa acontece finalmente

Se for perguntado a qualquer brasileiro, neste exato momento, qual ministro mais sofreu em um processo de demissão no governo Lula, com certeza, mais de 90% das pessoas irá responder que foi o ex-ministro Waldir Pires. Depois de mais de 10 meses da chamada crise do setor aéreo e com o acontecimento de dois acidentes gravíssimos na história da aviação nacional, Waldir finalmente foi demitido.
No lugar de Waldir, tomou posse o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim. Jobim já havia sido chamado antes, na época da reforma ministerial do segundo mandato, mas recusara. Ele tinha disputado a eleição da presidência do PMDB e acreditava ter sido largado à própria sorte pelo presidente Lula, o que teria facilitado a reeleição de Michel Temer a frente do partido.O fato é que, meses depois daquele primeiro convite, Jobim resolveu aceitar o pedido do amigo Lula.
A demissão de Waldir fez com que seus detratores arregaçassem as mangas para fazer seu linchamento público, esquecendo a figura pública e a história de Waldir Pires.
Lógico que as críticas devem ser feitas, afinal ele se mostrou incapaz de construir uma movimentação simbólica e eficaz do governo para sanar os problemas do sistema aéreo nacional. Waldir sai do ministério não pela falta de uma boa trajetória política, mas sim pela inabilidade em gerir o Ministério da Defesa. Ministério, diga-se de passagem, que até hoje não mostrou a que veio. Nem na época de sua criação, no governo FHC, e nem hoje, já que o Exército, a Aeronáutica e a Marinha acabam não respeitando muito a autoridade civil representada pelo ministro imbuído do cargo.
Cabe a Nelson Jobim a reversão deste quadro de medo instalado em torno dos aeroportos brasileiros e a prática de uma nova forma de gestão no Ministério da Defesa. O ministro parece estar ciente disto, todas as suas declarações têm demonstrado sua disposição de colocar o Ministério para funcionar, mas se não for assim, não haverá espaço para lamentações. "Aja ou saia, faça ou vá embora", como ele mesmo disse no dia da transmissão de cargos.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Acaba de ser anunciada a morte do senador ACM

Acaba de ser anunciada a morte do senador baiano Antônio Carlos Magalhães. O senador tinha 79 anos e morreu, após mais de 40 dias internado no Instituto do Coração de São Paulo. ACM foi governador da Bahia por três vezes e estava no seu segundo mandato como senador da república. O quadro de saúde do senador vem se agravando há muito tempo, sendo esta a terceira internação neste ano no INCOR do senador baiano.

ACM, como todos sabem, possuía muitos amigos e a mesma quantidade ou mais de inimigos, adquiridos nestes anos de poder e viu uma das forças políticas que mais o combateu assumir o governo da Bahia nestas últimas eleições. Antônio Carlos será enterrado no Campo Santo, mesmo cemitério onde seu filho foi enterrado.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Popó é secretário!


Seguindo os exemplos dos seus companheiros dos governos federal e estadual, Lula e Jaques Wagner, o prefeito da cidade de Salvador, João Henrique, resolveu colocar a frente de uma pasta da sua administração, uma celebridade da cidade. No caso do prefeito, foi o pugilista, ou ex-pugilista, esta é uma condição que muda toda hora, Acelino "Popó" Freitas, que foi empossado secretário municipal de esportes, lazer e entretenimento na terça-feira.
O que mais espanta nesta indicação não é nem o fato de Popó ter sido indicado secretário, afinal de contas, ele tem feito um trabalho muito bom de promoção do boxe baiano e apoio às comunidades carentes, mas o fato do prefeito ter dito à imprensa que vai sentar com Popó para ouvir as idéias que ele tem sobre o que fazer na secretaria. É de espantar um gestor público com mais da metade do mandato não dar uma declaração sequer do que ele, prefeito da cidade, tem a oferecer para o município nestas áreas: esporte, lazer e entretenimento, atribuindo logo esta responsabilidade para o secretário que está chegando.
Não parece ter sido aumentado nestes dois anos e meio de mandato do prefeito João Henrique a oferta nem de esporte nem de lazer e muito menos entretenimento para nenhuma classe social da cidade de Salvador. O que se vê é uma política pública centrada na reforma de quadras e nenhuma atenção com a atividade esportiva e os acessos ao lazer e entretenimento da sociedade soteropolitana. A única exceção foi a criação da tal ciclovia da orla compreendida entre o Jardim de Alá e a praia de Jaguaribe, mas, em compensação, há parques públicos, como o de São Bartolomeu, largados às moscas.
Popó é o quarto secretário a assumir uma secretaria que possui, junto com a Secretaria de Reparação, o menor orçamento da administração municipal, e, além disso, não tem projeto algum. Pelo menos nenhum que tenha atingido de forma satisfatória a população.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Renan não quer largar o osso

Para vocês que não entendem porque Renan não quer sair do Senado e queima ainda mais a imagem daquela Casa Legislativa seja pela cobrança de partidos oposicionistas como os Democratas e o PSDB seja pela cobrança da imprensa que espera esta decisão ansiosamente, vai aqui este post.
Renan, é bom que se recorde, sempre foi figura muito querida no Congresso Nacional. Já foi da tropa de choque de Collor, de FHC e, atualmente, apesar de exercer uma presidência do Senado equilibrada, é um dos maiores defensores do governo Lula na Casa de tapete azul. Ou seja, tem relações aproximadas com todos os partidos e, inclusive, foi eleito contra o candidato dos Democratas, senador José Agripino Maia.
Além disto, Renan apóia o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, PSDB, o que retardou um posicionamento mais agressivo da legenda tucana.
E são nestas relações que Renan vem se segurando pra não largar o osso no Senado. Há quem diga que Renan é a própria Pandora, pronta para abrir a caixa dos horrores do Senado Federal.
Renan é parlamentar experiente e sabe que de qualquer maneira a sua imagem sai arranhada deste episódio. Prefere levar com ele o Senado inteiro e, pode ter sido isto que ele quis dizer hoje à tarde ao afirmar que para tirá-lo da presidência, os parlamentares oposicionistas vão ter que sujar as mãos.