segunda-feira, 25 de maio de 2009

Narrador critica governos anteriores; Lula e Wagner atacam escravidão

Como era de se esperar, por se tratar de um evento cujo objetivo é homenagear o povo africano, o presidente Lula e o governador Jaques Wagner centraram suas críticas à escravidão no Brasil e enalteceram a relação entre o Brasil e a África. Quem fugiu do tom foi o narrador dos eventos estaduais que leu um texto criticando a atuação dos governos brasileiros que, a partir da década de 70, deixaram de organizar os festivais de cultura africana.

O narrador disse que o "crime da escravidão" não teve a devida atenção dos governos brasileiros que, a partir da década 70, deixaram de organizar eventos do porte que hoje é feito no TCA. "(Os africanos) eram chamados de coisas e o seu coletivo de plantel como os animais. Os africanos disseram não, afirmaram que tudo que nos pertence, está dentro de nós, no nosso ori, a nossa cabeça", disse Wagner ao falar da escravidão.

Lula abriu o seu discurso falando do simbolismo de se comemorar o Dia da África na capital mais negra do Brasil. Ainda falando do simbolismo, fez referência ao poeta Castro Alves, abolicionista que dá nome ao teatro. "Os laços que unem o Brasil a Senegal e a África como um todo são muito mais próximos que o oceano que os separam", concluiu o presidente.

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