sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Renan sucumbiu às pressões

Após mais de quatro meses do início de uma crise que varreu toda a autoridade acumulada por Renan à frente da presidência do Senado Federal, uma decisão esperada por todos que acompanham o mundo político finalmente aconteceu: Renan se licenciou do cargo por 45 dias. A situação de Renan foi se deteriorando no decorrer destes dias e uma situação que, a priori, parecia favorável ao senador, inclusive, com a sua absolvição pelo plenário, terminou com a decisão tomada pelo parlamentar alagoano na noite de ontem.
Renan abriu mão do cargo e disse que saía porque não precisava dele para se defender. Disse, inclusive, que fazia isto para que as acusações de que estava utilizando o cargo institucional em benefício próprio não continuassem. Renan errou e não foi pouco e viu a sua situação se deteriorando, o primeiro erro foi a ameaça aos senadores oposicionistas, segundo erro: a demora em se licenciar do cargo não cumprindo o acordo feito em deixar o cargo depois da absolvição recebida no primeiro processo e, terceiro erro: pressionar pelo afastamento de Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon da CCJ do Senado.
Depois de todos estes fatos, a discussão passou a ser até quando Renan agüentaria na presidência do Senado. Não há uma só pessoa que acredite na volta dele, depois de tanta perda de poder e representatividade. Agora, Renan vai lutar pela manutenção de seus direitos políticos e pelo mandato dado pelo povo das Alagoas. A oposição e parte da base aliada não parecem estar a fim de dar uma segunda chance a Renan e os próximos dias prometem ser de intensas negociações que já começaram com a movimentação de políticos tucanos amigos de Renan como o governador alagoano Teotônio Vilela Filho e o senador, pelo mesmo estado, João Tenório.

Nenhum comentário: