Se uma pessoa pode ser considerada como a grande vencedora das eleições municipais deste ano, esta pessoa é o presidente Lula (PT). A base de sustenção do presidente no Congresso Nacional conseguiu eleger o maior número de prefeituras do país e até a os candidatos dos partidos oposicionistas não fizeram uma campanha de embate ao mais bem avaliado chefe do Executivo Federal no período da redemocratização pós-89.
A oposição governará seis das 26 capitais do país - Natal, São Luís, Curitiba, Cuiabá, Teresina e a maior de todas, São Paulo, onde venceu Gilberto Kassab (DEM), mas não têm um desempenho global a ser comemorado. Os dois principais partidos da oposição - Democratas e PSDB - perderam o controle de, respectivamente, 293 e 82 municípios.
Além disto, as eleições municipais deste ano foram marcadas pela reiteração do PMDB como maior partido do Brasil, apesar da legenda não ter um nome forte para disputar a presidência da República em 2010. Como disse a sociológa petista Maria Vitória Benevides, o passe do PMDB, no entanto, ficou mais caro após as eleições deste ano. O partido vai governar 1207 cidades brasileiras, tendo o segundo maior aumento em número de cidades, ficando atrás do PT que teve um crescimento de 36,10%, passando a gerir 559 municípios.
O PT foi o partido com o melhor desempenho nas 77 cidades com eleitorado superior a 200 mil eleitores. A legenda conseguiu o controle de 21 dentre estes municípios e não pode ser caracterizada como o "partido dos grotões" como se apressaram a definir alguns analistas na tarde de ontem. Viu diminuir, no entanto, o número de capitais em que irá governar - passou de nove para seis -, por ter aberto mão da disputa em Belo Horizonte em detrimento do PSB, onde ajudou a eleger Márcio Lacerda, e de Aracaju, para apoiar Edvaldo Nogueira do PCdoB que foi reeleito já no primeiro turno, e ter perdido o controle em Macapá, onde o atual prefeito, João Henrique Pimentel não pôde concorrer por ter sido reeleito nas eleições passadas.
Foto: Blog do Favre
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