terça-feira, 6 de abril de 2010

Salvador: Terra de Ninguém

Pensei este texto nas duas vezes mais recentes que passei pela Estação Iguatemi, mas sempre esqueço de postar. Antes que eu esquecesse mais uma vez, aqui vai. Salvador, a partir do que vi ali e em outros lugares, se tornou uma terra de ninguém.

Reparem no cenário: camelôs de todos os tipos e todos os gostos, cachorro passeando e muita sujeira no chão. Eis a Estação Iguatemi em uma frase. Quem me conhece sabe que não defendo maquiagem artificial para inglês ver, mas um pouco de organização não faz mal a ninguém.

Depois que o SAC foi retirado dali e a SESP deixou a Estação ser ocupada de qualquer forma, a situação só fez piorar. A responsabilidade é dos camelôs? Claro que não. Eles têm mais é que trabalhar mesmo. Agora, não dá para aliviar a prefeitura, que não organiza e não limpa o lugar.

Claro que a população também tem a sua parcela de responsabilidade. Não havia mais espaço para sujeira no chão da estação. Não espanta termos aparecido em recentes matérias no Fantástico como a cidade da avenida mais suja, da praia mais suja e das pessoas que menos respeitam o direito dos idosos no transporte público.

Não sou o Cristovam Buarque, mas só a educação em massa salva isto aqui. Estamos presos em um ciclo vicioso e, por enquanto, sem saída. Para mim, parece óbvio que pais mal educados só podem gerar filhos mal educados. Junte isto à inação do poder público e explicaremos boa parte das mazelas que hoje vemos em Salvador.

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