quinta-feira, 26 de abril de 2007

Plano de Desenvolvimento da Educação

Foi finalmente anunciado esta semana o Plano de Desenvolvimento da Educação.
O plano já estava sendo aguardado há muito tempo por quem acompanha o trabalho do ministro Fernando Haddad, por ter sido um dos motivos da permanência do mesmo no governo na época da reforma ministerial
O plano prevê investimentos na ordem de cinco bilhões de reais através do FUNDEB; aumento do número na oferta de vagas nas universidades federais; um piso salarial para os professores no valor de R$850 até 2010; criação de escolas técnicas em 150 cidades-pólo do país; aumento do número de vagas na escola pública; instalação de rede elétrica e informatização de todas as escolas públicas do Brasil(vocês vejam a discrepância existente em um país como o Brasil, que discute inclusão digital, mas que possui escolas sem eletricidade). O plano prevê alterações no FIES e o BNDES poderá financiar o transporte escolar.
O projeto, se for completamente implementado, trará um salto de qualidade na educação brasileira como há muito esperam as pessoas que realmente se preocupam com este tema. Lógico que as críticas virão e elas já estão vindo, os educadores brasileiros exigem um piso salarial de 1050 reais para o professor que possui apenas o ensino médio. Para os que têm ensino superior, um piso maior. Alguns parlamentares, além disso, entendem que as escolas são feitas por um corpo técnico que não se restringe apenas aos professores e, por isto, o piso deve ser estendido a todas as pessoas envolvidas no processo educacional. A discussão de alguns pontos será longa, mas nada que atrapalhe a expectativa positiva sobre o plano. A melhoria da educação brasileira é um dos temas que une gregos, troianos, petistas e democratas.
Vale lembrar que este Plano de Desenvolvimento da Educação foi elogiado pelo candidato da educação nas eleições passadas, o senador Cristovam Buarque, que chegou a cumprimentar o presidente Lula na posse por causa de seu empenho na educação. O lançamento do plano coincidiu com a comemoração dos 45 anos da Universidade de Brasília. O mesmo senador foi também reitor da universidade e é um homem completamente ligado às discussões sobre a educação brasileira.
*Este blogueiro sugere a leitura da revista Época desta semana sobre a situação do ensino brasileiro que ainda está estruturado num modelo educacional do século XIX: alunos presos em uma sala de aula, sem o desenvolvimento do espírito crítico, com algumas exceções.

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