quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

DEM não pode salvar nem Arruda, nem Paulo Octávio

Acabo de ler na internet que a expulsão do governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda, do DEM é certa. A maioria da Executiva Nacional do partido assim deseja. Mas, na mesma notícia, um elemento que chamou a minha atenção pela sua incoerência é a disposição desta legenda em manter nos seus quadros o vice-governador do DF, Paulo Octávio.

O vice está tão enrolado com o Demensalão quanto Arruda, o que torna extremamente incompreensível esta postura dos Democratas. A única razão que explica isto é o oportunismo político de manter Octávio como um ás na manga a fim de que se ofereça um candidato na disputa daquele Estado. Serra, PSDB e DEM estão, neste momento, sem palanque no DF.

Octávio era senador do DEM e topou ser vice de Arruda para ser candidato este ano. Arruda ficou altamente popular e o acordo foi abortado. Agora, o governador caiu em desgraça com o partido, enquanto Octávio vai sendo mantido fora da fritura. Os crimes cometidos foram os mesmos e não quero acreditar que o outro motivo seria o fato dele ser um dos empresários mais ricos do DF.

Com certeza, o novo Democratas, ex-PFL, ex-PDS, ex-Arena, não tomaria uma decisão deste tipo utilizando argumentos tão arcaicos. Não combina com sua faceta pretensamente moderna.

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