quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Temer e Arruda – os vices em enrascada

Michel Temer e José Roberto Arruda A crise política em Brasília parece tomar proporções de Pandora mesmo, como a Polícia Federal definiu a operação que deu publicidade ao Arrudagate. Se no primeiro momento, as denúncias atingiram a candidatura do PSDB triplamente – por atingir o partido que deveria dar o seu vice (tem gente que diz que o DEM ofereceria Arruda como vice de Serra), ter retirado o seu palanque no DF (o próprio Arruda) e destruído o discurso ético que a oposição queria assumir em 2010 – agora atinge diretamente o vice de Dilma (PT).

O nome do deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), que é hoje o mais cotado para ser o vice na chapa da ministra, foi envolvido por uma conversa entre Durval Barbosa, autor das denúncias, e o empresário Alcyr Collaço. Segundo o empresário, Temer, Henrique Alves, líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Tadeu Fellipeli, presidente do PMDB do DF, teriam recebido dinheiro do Demensalão para colocarem o PMDB na base de Arruda.

Apesar de não aparecerem nas gravações, os quatro deputados têm que explicar o suposto envolvimento. Temer negou qualquer tipo de participação. Mas seu nome se sujou ainda em outro caso. Ele teria aparecido na lista da construtora Camargo Corrêa, sendo um dos políticos que recebeu verbas da empreiteira. Ele também rejeitou qualquer envolvimento nesta denúncia, mas como disse um jornalista, os dois vices foram abatidos em pleno voo e Temer que tinha ampla vantagem para ser vice pode acabar no final da fila do PMDB.

Foto: George Gianni/ Agência Brasília

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