Tem gente que fica defendendo que os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) deveria ser um colegiado de amigos que não divergem publicamente. Seriam máquinas que profereriam seus votos e só, sem se espinafrar, nem nada.
Já eu tenho que confessar que gosto muito da atual composição do STF, em que eles divergem publicamente, se espinafram juridicamente e expõem faces mais indecorosas deles mesmos, como Joaquim Barbosa fez com Gilmar Mendes.
Hoje, a divergência é se se enquadra ou não o ex-governador e senador, Eduardo Azeredo (PSDB), no chamado mensalão mineiro. Barbosa e Toffoli protagonizaram as espinafrações (neologismo?). Toffoli votou contra o recebimento da denúncia contra Azeredo e Barbosa manteve o seu voto a favor.
Barbosa disse que o mais novo integrante do STF não tinha lido seu voto, a que Toffoli respondeu dizendo que ouviu durante duas horas o ministro proferir o seu voto. Farpas pequenas se comparadas com as de Gilmar e Barbosa.
Agora, Barbosa diverge de Eros Grau que votou contra o recebimento. Lewandowski seguiu Barbosa e parece que Ayres Britto vai fazer o mesmo. 3x2 contra Azeredo. Barbosa ainda disparou que o acolhimento da denúncia sobre o mensalão federal foi feita a partir de indícios mais tênues do que os do mensalão mineiro.
Um comentário:
Com certezas esses melindres deixam a vida de nossos "supremos" deveras interessante e concordo que a falta de certa compostura é contraditória com o meio jurídico ao qual estamos habituados mas que permaneça assim. Caso o país não se beneficie pelo menos nos serão garantidas boas gargalhadas.
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