segunda-feira, 22 de junho de 2009

Crise do Senado não tem fim

A mais recente crise do Senado parece não ter fim e nem próximo disto. O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou que senadores estariam sendo chantageados para não se pronunciarem contra a mamata que vigora naquela casa legislativa. Disse mais, que os ex-diretores Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi criaram uma quadrilha no Senado. E eu quero muito saber quem é o chefe da quadrilha.

Se não há um chefe da quadrilha, que se puna aquele que foi responsável pela indicação do ex-diretor Agaciel Maia e mesmo com todas as denúncias, foi padrinho do doutor Maia, se lixando para a opinião pública e seus eleitores. Estou, evidentemente, falando do senador José Sarney (PMDB-AP) que foi quem indicou Agaciel há 14 anos durante o seu primeiro mandato como presidente do Congresso Nacional.

Não adianta afirmar que a crise não é dele, que a crise é do Senado. A crise é sim do senador Sarney. Foram os parentes dele que foram empregados pelo Senado. Foi ele que indicou e bancou Agaciel. E não adianta o presidente Lula apelar para a biografia do Sarney a fim de defendê-lo, porque, os seus adversários no Maranhão dizem que apelando para a biografia é que o bicho pega. Há 40 anos, os Sarney e seus aliados governam aquele Estado e todo mundo sabe qual é a situação em que ele se encontra.

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Acompanho neste exato momento, através da TV Senado, o senador tucano Papaléo Paes (AP), aliado de Sarney, defender o aumento do salário dos senadores, incorporando o dinheiro das verbas indenizatórias. É muita falta de vergonha achar que o que eles recebem é pouco. É, por isto, que a imagem do parlamento não melhora. Por isto, a crise não tem fim e a política nacional cai, cada vez mais, no descrédito.

O doutor Papaléo acaba de roubar a cena na defesa de Sarney. Diz que, com o salário de R$12 mil e tendo que pagar, entre outras coisas, as próprias passagens, os senadores vão ficar na mão dos empreiteiros porque serão os empresários que vão bancar as viagens dos parlamentares. O que é que isso? Qual profissional liberal recebe R$ 12 mil e ainda auxílio para tudo? Vergonha na cara não faz mal a ninguém. Povo do Amapá, rechacem este tipo de ser humano da vida pública. Papaléo, acompanhe o Sarney e saia daí.

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