Mais um exemplo da mistura entre o público e o privado na política brasileira. O senador José Sarney (PMDB-AP), que sempre tratou o Maranhão como capitania hereditária de sua propriedade, resolveu lotear o Senado Federal e distribuir cargos entre seus amigos. É cargo para neto, nora, sobrinho e filha de afilhado político - a aspirante a modelo, filha do ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Ou seja, ser amigo do Sarney é melhor do que ser amigo do rei em Pasárgada.
E, por conta disto, aproveitando a vontade já manifestada pelo senador maranhense-amapaense nos bastidores, este blog vem dizer: "Xô Sarney!", volta para casa. Ele, segundo veículos de imprensa, está cansado da vida pública. Tá aporrinhado com a quantidade de escândalos revelados pelos jornais em relação aos inúmeros rolos que se envolveu durante o Poder no Senado. Então, vai pra casa. Vai descansar, cuidar dos bisnetos, escrever livros para justificar a participação na Academia Brasileira de Letras (ABL).
Ah, e aproveita e leva o Renan (PMDB-AL) para Alagoas, se der. Afinal de contas, é ele que tá presidindo o Senado por estes tempos, todo mundo sabe. Se demora para abrir CPI, quem tá por trás? Renan. Se Sarney resolve se desgastar ainda mais e concorrer à presidência do Senado, quem articula? Renan. Se Collor consegue a presidência da concorrida comissão de Infra-estrutura, quem indicou? Acertou se pensou Renan.
Então, Sarney, faz o favor, volta pro Maranhão ou pro Amapá, onde achar melhor, mas na escala, deixa o Renan em Alagoas. Leiam aqui o post de Marcelo Tas neste mesmo sentido e aqui o do jornalista Ricardo Noblat. Acho que os dois também estenderiam o seu pedido pro retorno de Renan pro seu habitat natural. A campanha "Xô Sarney!" foi lançada durante as eleições em 2006 no Amapá.
Foto: muro na cidade de Macapá com o símbolo do movimento "Xô Sarney", publicado num blog local, que foi imediatamente fechado pelo então candidato Sarney.
自炊時間が取れなくてレトルト食品がずっと続いているなどで…。
Há 6 anos
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