O Banco Central (BC) finalmente tomou a decisão que já era pedida há muito tempo por desenvolvimentistas e diminuiu a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, de 12,75% para 11,25%. A medida foi tomada, principalmente, após a forte retração do PIB no trimestre passado.
No entanto, a medida foi considera tímida pelo presidente da CNI, deputado Armando Monteiro (PTB-PE), que esperava uma redução de 2%. Na concepção de Monteiro e outros, só uma redução forte da Selic vai possibilitar uma reação da economia nacional.
Realmente, causou espécie a única entidade a ter comemorado a medida do BC ter sido a Febraban, a federação dos bancos brasileiros. Todo mundo sabe que os bancos defendem a política monetária implementada por Meirelles, pois dela depende os seus lucros exorbitantes. Apesar da redução, a taxa de juros brasileira ainda é a maior do mundo.
A causa da existência de juros tão altos foi a política implementada pelo governo FHC, que utilizou esta medida de forma recorrente para aplacar a inflação brasileira. O problema é que a aplicação do receituário neoliberal no governo passado resultou em crescimentos pífios da economia.
Crescimento que estava sendo recuperado pelo governo atual até a crise financeira internacional. Faltou ousadia ao governo Lula e ao BC para gerar um ciclo mais virtuoso do crescimento da economia no período pré-crise. Lula ficou dividido o tempo todo entre o conservadorismo de Meirelles e o desenvolvimentismo de Mantega, Dilma e outros.
O resultado foi que a economia cresceu, mas poderia ter crescido mais. Agora, tem que vir PAC, programa de habitação, queda de juros, para a economia não cair em recessão. A retração não é certa, mas que o fantasma assusta, assusta. Hoje ninguém tem certeza sobre qual será o resultado do PIB brasileiro este ano.
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