Hoje, passei o dia todo com esta pergunta na cabeça: o que fazer para melhorar o sistema educacional brasileiro? É um desafio que a cada dia se torna mais difícil de ser resolvido, porque não possui fórmulas fáceis para a sua resolução.
Muito tempo se passou dizendo que o que faltava no país era a criação de um piso mínimo para os professores como forma de valorizá-los. O piso foi criado, mesmo que ainda existam governadores que não querem aplicá-lo, motivo pelo qual a categoria quer fazer uma greve geral no país no mês que vem.
Outra questão que era sempre muito lembrada era a questão da capacitação dos professores. Há alguns anos, a Bahia e outros estados investem na capacitação de seus professores. O programa tem defasagens, muitos professores não estão incluídos ainda.
Há a lei de diretrizes sobre quais conteúdos devem ser abordados em determinadas séries. O MEC ampliou o ensino fundamental para nove anos. Ou seja, várias medidas são tomadas, mas quem pode dizer que sente uma melhora no sistema educacional brasileiro?
Qualquer pessoa que parar para ver um caderno de um estudante de escola pública vai se desesperar com a defasagem que existe entre o conteúdo ensinado na escola particular e o da escola pública. Ou seja, há professores fingindo que dão aula em todas as séries do ensino brasileiro.
E é este brincar de trabalhar, que começa na alfabetização, onde alunos não são alfabetizados de verdade, não são educados a partir de sua própria realidade, vão sendo empurrados com a barriga, série atrás de série, até concluírem o ensino médio. E as razões para isto são múltiplas.
A primeira razão que identifiquei depois de pensar o dia todo, foi a falta de vocação de alguns profissionais da área de educação. Há alguns professores que só estão no sistema público de ensino pela seguridade do emprego, infelizmente.
Eles não gostam de dar aula, não estão nem aí se os alunos estão aprendendo e querem mais é cumprir sua carga horária para ganhar o seu soldo no final do mês. Prefiro pensar que são uma minoria, mas agem como um câncer que desestrutura todo o organismo educacional do país.
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