terça-feira, 7 de abril de 2009

Políticos criticam Cristovam por falar besteira

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), um dos melhores quadros políticos deste país, falou ontem, em entrevista à uma rádio, uma besteira sem tamanho. Provavelmente, o senador não esperava uma repercussão tão grande, mas o fato é que repercutiu e pegou mal, muito mal para o pedetista.


Buarque sugeriu que (acredito eu de forma irônica e completamente hipotética) o Congresso Nacional fosse fechado pela quantidade absurda de denúncias que recaem sobre as duas Casas legislativas. A tese, obviamente, foi rechaçada por políticos e figuras públicas de todos os espectros ideológicos e de todos os poderes.

Buarque disse algumas verdades, é claro. O nível atual de denúncias, aliás, o nível de denúncias que surgem no Congresso Nacional são de um nível insustentável. No entanto, ele errou na sugestão de resolução do problema. Fechar o Congresso remete aos anos duros e difíceis da Ditadura Militar. E o atual Congresso, queiramos ou não, é o retrato mais fiel da sociedade brasileira. É o mal necessário a se pagar pela Democracia, senador.

O que deve ser feito, senador Cristovam, e eu o vejo como um bode expiatório, pois muitos que abriram a boca contra o senhor defendem argumentos absurdos do atual contexto sócio-político brasileiro, como a anistia ampla, geral e irrestrita (né ministro Nelson Jobim?) é o aprimoramento das relações políticas.

Políticos como o senhor que são exemplos para a sociedade e para a juventude brasileira têm que liderar um processo de transformação da política nacional. Não servindo aos interesses de pessoas como o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) que integra uma frente anticorrupção que visa o processo eleitoral de 2010 para emplacar o governador José Serra (PSDB-SP), mas formada de gente que quer mesmo mudar o nosso quadro político. 

Os senhores teriam a incubência de mudar a mentalidade do povo brasileiro. Uma tarefa nada fácil de dizer que política é sim importante. Até porque a não-participação política da sociedade interessa mais aos políticos corruptos que usam a atividade parlamentar para benefício próprio. E o senhor bem sabe onde atacar para conseguir isto: na educação, lema de sua candidatura a presidente em 2006.

Um comentário:

Rafaela Chaves disse...

"Mininu"!!
Falou bonito, hein?