quarta-feira, 5 de março de 2008

A Favor das Células-tronco

Eu vivo dizendo que nesta vida, a gente tem que ter lado e tem que ser coerente. Por isto, desde o início das discussões sobre a utilização das células-tronco, eu tomei um lado, o de ser a favor das pesquisas com células embrionárias e não abro mão mesmo sendo católico. A discussão em torno desta matéria voltou à cena por causa do início do julgamento, nesta tarde, da Adin, Ação Direta de Inconstitucionalidade, impetrada pelo ex-Procurador Geral da República, Cláudio Fonteles no STF, Supremo Tribunal Federal, contra o quinto artigo da Lei de Biossegurança proposta pelo governo Lula e aprovada pelo Congresso Nacional.
O julgamento foi suspenso porque o ministro Carlos Alberto Direito, segundo algumas pessoas, um sujeito muito conservador, pediu vistas do processo, o que postergou a discussão. No entanto, dois ministros manifestaram o voto, a presidente do STF, ministra Ellen Gracie e, obviamente, o relator. Os dois julgaram ser improcedente a Adin.
Sou a favor por entender que, além de não ser inconstitucional, como deixou claro o ministro relator, Carlos Ayres Britto, as pesquisas são fundamentais no desenvolvimento de curas para doenças congênitas entre outras.
Por mais que argumentem que estas pesquisas possam ser feitas com células-tronco adultas, quem estudou um pouquinho de biologia sabe que células nervosas só são formadas através de células que não entraram ainda no processo de diferenciação como é o caso das células embrionárias. As células adultas já entraram neste processo de diferenciação. Hoje, as discussões ganham mais contornos religiosos do que de outra espécie. O Brasil, no entanto, não pode ficar à mercê do desenvolvimento científico de outras nações e, na área de genética, avançar no desenvolvimento nos estudos com estas células é fundamental.

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