Já no caso do governador José Serra, a semana passada foi de uma expressiva vitória política. Refiro-me a nomeação e posse do ex-governador e ex-candidato a presidente, Geraldo Alckmin, como secretário estadual de desenvolvimento de São Paulo. Com este movimento, Serra mostrou a sua habilidade de articulação.
No ano passado, o governador de São Paulo, já tinha mostrado esta habilidade conquistando o apoio do PMDB à candidatura de Gilberto Kassab (DEM) à prefeitura de São Paulo. Kassab venceu e Serra conseguiu o apoio do PMDB de São Paulo à sua candidatura, dando em troca a vaga de candidato ao Senado ao ex-governador Orestes Quércia.
Quércia que já foi defenestrado pelo PSDB, sendo um dos motivos da saída de diversos tucanos do PMDB, entre eles FHC, agora é só sorrisos ao falar de Serra. Agora, com a nomeação do ex-governador, Serra traz para perto dele o seu maior adversário no ninho paulista dos tucanos. Além disto, isola o governador Aécio Neves (Minas Gerais) na disputa pela candidatura tucana à presidência.
Alckmin era um dos maiores incentivadores da candidatura de Aécio dentro do PSDB. Agora foi atraído pelo governador paulista. O governador de Minas, no entanto, já deu mostras que não vai abrir mão da disputa assim tão fácil. Continua defendendo as prévias no PSDB, mas agora, vai ter muito mais trabalho para vencer a máquina chamada José Serra.
Tanto o candidato tucano quanto à candidata petista também serão avaliados e suas candidatura ganharão densidade ou não com os efeitos da crise econômica. Se o Brasil continuar se saindo bem, Dilma sai fortalecida, mas se a “marolinha” do presidente virar um “tsunami” e acabar atingindo mais ainda os brasileiros, a oposição vai ter um fato a ser explorado na disputa de 2010.
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