Amanhã e na próxima segunda-feira, os legislativos federais, estaduais e, no caso de Salvador, municipal, definirão os seus presidentes. No Senado, a reviravolta ficou por conta do apoio do PSDB em favor do candidato petista, Tião Viana (AC). Lá na Câmara maior, era dado como certo o apoio dos tucanos a Sarney (PMDB-AP).
O peemedebista parece ter sentido o baque. Convocou imediatamente uma reunião com seus apoiadores – que vão de Fernando Collor (PTB-AL) a Renan Calheiros (PMDB-AL) – para avaliar os efeitos desta decisão dos tucanos. O PSDB acredita que muitos senadores que estavam mudando de posição a favor de Sarney por não acreditarem na vitória de Tião, agora darão seus votos ao petista.
Em entrevista ao jornalista Josias de Souza (Folha), o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que seu partido decidiu apoiar Viana após perceber a falta de compromisso de Sarney com a renovação do Senado. A opinião pública pode ter pesado na escolha tucana. A disputa no Senado promete ser duríssima.
Outro trecho que chamou a atenção nesta mesma entrevista de Virgílio foi a afirmação dele de que o PSDB não sofre de “PTfobia”, algo que, segundo o tucano, acomete o DEM. O peessedebista, inclusive disse que, em 1994, o PSDB comporia uma chapa com Lula, indicando o seu vice: o hoje senador, Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Na Câmara, parece que o deputado Michel Temer (PMDB-SP) caminha para uma vitória com uma larga vantagem, pois conta com o apoio de 14 partidos – de novo PT e PSDB compõem a chapa. O risco maior de derrota dele chama-se Ciro Nogueira (PP-PI), considerado o candidato da preferência do “baixo clero”, que já elegeu um presidente: Severino Cavalcanti (PP-PE).
Na Bahia, o presidente Marcelo Nilo (PSDB) caminha para a reeleição na Assembléia Legislativa (AL), sendo o candidato apoiado pelo PT e pelo governo petista. A vitória de Nilo não será tão fácil quanto poderia por não ter conseguido o apoio declarado do PMDB, apesar de contar com alguns votos do partido. O seu oponente, o deputado Elmar Nascimento (PR), é o candidato da oposição, o que dificultou que ele recebesse o apoio de deputados da base do governador Jaques Wagner (PT).
A Assembléia Legislativa da Bahia, assim como o Senado, é outro local onde PSDB e PT, a despeito da disputa presidencial de 2010, se uniram e prometem, se não levar, pelo menos fazer uma disputa duríssima. Não é o caso da Câmara Municipal de Salvador, onde o peemedebista Alan Sanches conseguiu articular uma chapa com a oposição ao prefeito João Henrique – leia-se PT e PCdoB – e será eleito sem esforço.
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