quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

As mudanças na Oposição

Em um esforço de deixar seu passado e dar uma resposta ao desempenho pífio nas eleições do ano passado, nas quais perderam o seu reduto na Bahia e só elegeram um governador, o Partido da Frente Liberal, PFL, decidiu hoje que mudará de nome e passará a ser Partido Democrata. A mudança ainda deverá ser apreciada pela Convenção Nacional do partido, mas nada leva a crer que a decisão da troca de nome não será ratificada.
O PFL tem as suas origens ligadas à Ditadura Militar e tem sido neste espólio que ele tem se articulado com o passar dos anos. É só observar que nomes de destaque no partido como Antônio Carlos Magalhães e Jorge Bornhaussen apoiaram o governo ditatorial.
Com a entrada na democracia, o Arena mudou de nome e muitos de seus expoentes foram para o partido que, hoje, anunciou novamente uma mudança de nomenclatura.
As oposições sentem a necessidade de mudar, devido às duas expressivas eleições de Lula e da necessidade de uma maior aproximação com a sociedade, visando as eleições municipais do ano que vem e as eleições de 2010.
O PFL além do nome, está bancando a troca do seu comando dando espaço às novas lideranças como Rodrigo Maia e ACM Neto que podem ter a mesma ideologia dos líderes que, hoje, cedem espaço, mas percebem que os discursos e a postura devem ser outros.
O PSDB não vai ficar atrás nesta nova postura oposicionista. O partido vai fazer pesquisas em suas bases para montar um novo projeto que vise a construção de uma nova identidade e deve eleger um novo presidente para o partido. O senador Sérgio Guerra de Pernambuco vem sido apontado como a pessoa mais indicada para esta tarefa.
Os tucanos despontam com dois nomes fortes para as próximas eleições presidenciais: Aécio Neves e José Serra, governadores de Minas Gerais e São Paulo respectivamente, mas não podem ficar achando que as eleições estão ganhas. Até porque, como disse o ex-governador Luiz Viana Filho, política é que nem céu, quando você olha está de um jeito, em outro momento, tudo está mudado e em quatro anos muita coisa pode acontecer. Inclusive, pode surgir um nome forte dentro do governo que faça frente aos dois pesos pesados do PSDB e é para isto que o Partido da Social Democracia Brasileira quer estar preparado.

Um comentário:

Breno Fernandes disse...

O que você pensa de Aécio Neves, Manuca?

P.S.: Só tá podendo comentar quem é membro do blogspot.