O deputado Vicentinho (PT-SP) denunciou na sessão plenária de ontem à tarde, na Câmara dos Deputados, que o deputado Luiz Couto (PT-PB) está sendo ameaçado de morte. O fato não teve repercussão e nem a cobertura dos grandes meios de comunicação, mas me chamou a atenção.
Para quem não sabe, Couto denuncia há algum tempo a ação de grupos de extermínio na Paraíba. Inclusive, acusa o atual comandante da PM na Paraíba, coronel Kelson Chaves de Assis, de acobertar o suspeito de comandar um grupo de extermínio, o sargento Erivaldo, conhecido como Galego da Moto Preta.
Pouco sei sobre a situação da Paraíba, como disse fui chamado a atenção pelo pronunciamente de Vicentinho, mas as autoridades do país devem se manifestar e garantir que não aconteça com Couto o que aconteceu com o advogado Manoel Bezerra de Matos Netos.
Manoel Matos era vice-presidente do PT de Pernambuco e, no dia 24 do mês passado, foi assassinado na fronteira entre Pernambuco e Paraíba por dois homens encapuzados. Bezerra também era integrante da Comissão de Direitos Humanos da seccional da OAB de Pernambuco (OAB-PE) e denunciava a atuação de grupos de extermínio, com participação de policiais militares, naquela região.
Em 2004, quando Matos era vereador no município de Itambé, foi ouvido pela CPI do Extermínio no Nordeste e descreveu com detalhes a atuação de grupos de extermínio que atuavam na divisa entre Pernambuco e Paraíba. Entre os integrantes do grupo havia delegados e policiais. O presidente da OAB-PE, Jayme Asfora, disse que o crime pode ter ligação com a atuação do advogado na defesa dos direitos humanos.
Colegas do advogado disseram ao presidente da OAB-PE que o advogado recebia constantemente ameaças de morte. A última teria ocorrido no dia 28 de dezembro de 2008 em um bar em Itambé.
Em nota divulgada no dia 25 do mês passado, o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, disse ter pedido ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que um delegado da Polícia Federal seja designado para apurar o assassinato. O deputado Luiz Couto também pediu empenho do Ministério da Justiça. É isto que eu também espero do ministro. Com informações da Folha Online.
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