Confirmando o que foi dito por este blog há alguns posts atrás (veja links no final deste post), a pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje mostra um acirramento da disputa entre o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef (PT). A boa notícia para os tucanos é que o governador paulista vence em todos os cenários pesquisados, mas a ministra cresceu e diminuiu a vantagem dos 36,1% registrados no mês passado para os 29,3% aferidos este mês.
As boas notícias para a ministra não param por aí. Ela assumiu a segunda posição na disputa, ultrapassando a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL). A petista marcou 13,5% contra 11,2% da alagoana. Na dianteira, Serra marcou 42,8% contra os 46,5% do mês passado. Se o candidato tucano for o governador mineiro Aécio Neves - probabilidade cada vez mais remota -, o PSDB continua na frente, mas vê a sua vantagem em relação a petista diminuir para 6,9%.
Esta pesquisa trouxe outras boas notícias para o presidente Lula. Além do crescimento de sua candidata nas pesquisas, ainda com margem para crescimento - a ministra continua desconhecida de muitos eleitores - o presidente registrou uma avaliação positiva de 84%, a maior já registrada pela CNT/Sensus, e o seu governo foi avaliado positivamente por 72,5% dos entrevistados contra 5% que o desaprovam.
Não se sabe a força de transferência de votos que Lula possui, mas o fato dele ser o presidente mais bem avaliado da história recente do país pode contribuir muito para a provável candidatura da ministra Dilma Roussef, hoje a governista melhor posicionada nas pesquisas. Afinal, é um cabo eleitoral que não pode ser desprezado. Mesmo não podendo mais concorrer ao cargo, Lula ainda lidera a pesquisa espontânea com 21% contra 8% de Serra, o segundo colocado.
Volto a afirmar que, no entanto, muita água vai rolar e o desempenho do governo perante a crise vai ser um dos fatores avaliados pela população. Um exemplo disto é que, em um dia com tantas boas notícias para o governo e para Lula, uma notícia ruim chamou a atenção. Em dezembro, a produção industrial brasileira teve uma retração de 12,4%, segundo o IBGE. Pior resultado da série histórica, iniciada em 1991. Até agora a população aprovou o governo, vamos ver como ela se comportará daqui pra frente.
Foto: Ricardo Stuckert/PR
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